Notibras

Carnaval com cheiro familiar transforma as ruas da Vila Madalena em um paraíso

Mônica Reolom

O movimento na Vila Madalena neste domingo, 31, começou a se intensificar no início da tarde, quando ao menos três blocos saíram e percorreram as ruas simultaneamente. O Fervo da Vila atraiu um público bastante família – alguns pais seguiam atrás com carrinhos de bebê. O ritmo era de frevo e havia as cores da bandeira de Pernambuco por todo lado.

“Eu acho legal que tenha carnaval na rua, desde que a Prefeitura faça a limpeza depois. Por enquanto, esse ano está mais tranquilo para dormir e mais organizado”, disse a analista de sistemas Luciana de Barros, de 40 anos, moradora da Vila. Ela estava com o marido e a filha de um ano curtindo a passagem do bloco.

Em ruas próximas, mais dois blocos desfilavam: o Nóis Trupica Mais Não Cai, conhecido pelo concurso de marchinhas, e o Lanterna Prime, estreante em SP, que trouxe o clima do carnaval de Salvador ao ser guiado por um trio elétrico.

Fantasiado de policial militar, o britânico Justin Mackey, engenheiro de 44 anos, segurava a filha de apenas 3 meses no colo, em meio ao fervo. “Bloco de rua é muito divertido, e são tantas opções que você pode escolher o que prefere. Nós gostamos mais dos blocos família”, explicou ele, que mora no País há cinco anos e é casado com a engenheira elétrica Kécia Cabral, de 27 anos.

“Nós morávamos na Vila e nos mudamos há um tempo, mas sempre voltamos no carnaval. O público mudou de três anos para cá, agora vem gente de tudo que é parte da cidade e fica mais lotado Mas queremos criar nossa filha na rua. Dentro de casa, com janela fechada não dá”, afirmou ela.

Até às 17h30, o clima estava tranquilo, com muitas crianças. Como no dia anterior, a Prefeitura bloqueou o quadrilátero da vila a partir das 16h30 e controlava a entrada, sem deixar pessoas passarem com vidros ou isopores.

Sair da versão mobile