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Advogada, enxadrista e poetisa

Carolina, em seus olhos lindos, brilha o amor que apaga a dor

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva/Edição - Fotos Acervo Pessoal

Carolina Araújo de Andrade é uma advogada apaixonada pelo jogo de xadrez. Sua trajetória é marcada por resiliência e determinação, características que a ajudaram a superar um momento desafiador em sua vida. Após um acidente que a deixou temporariamente sem a capacidade de andar, Carol. minha xará, encontrou refúgio no tabuleiro onde se movimentam peões, cavalos, bispos, torres, a rainha e o rei.

Este antigo jogo de estratégia tornou-se um valioso amigo de Carolina, ajudando-a a minimizar a dor e a ansiedade daqueles tempos difíceis. Ela lembra que o xadrez, mais do que um jogo, foi uma fonte de conforto e inspiração. Sua paixão pelo tabuleiro quadriculado cresceu a ponto de ela se tornar uma entusiasta.

Carolina é diretora de Comunicação da Federação Brasiliense de Xadrez, dedicando seu tempo e energia para promover e expandir a popularidade desse esporte intelectual no Distrito Federal. Sua história é um exemplo inspirador de como a resiliência, a paixão e a determinação podem levar alguém a superar desafios e abraçar oportunidades inesperadas na vida.

Enxadrista e advogada lotada no Ministério da Justiça e Segurança Pública, Carolina Andrade tem outro dom. É o bom uso das letras. Ela joga com as palavras para falar da vida, de forma poética, com a delicadeza de quem movimenta as peças no tabuleiro.

O poema
No tabuleiro quadriculado/Numa batalha de reis e peões/O xadrez se desenrola entre estratégias e decisões/É como a vida/Um jogo complexo com múltiplas opções/A cada passo, escolhas a serem feitas/Traçando caminhos e abrindo portas estreitas.

No jogo ou na vida/Estratégia é o guia das nossas ações/É o mapa que desenha nossas direções/Planejar, antever, analisar cada movimento/Este é o segredo para um futuro promissor e atento.

Mas nem sempre a vida segue nosso plano/Há momentos em que o destino é soberano/Adaptar-se, ser flexível diante das reviravoltas/ Às vezes é necessária a abertura de novas portas.

No jogo ou na vida/Os movimentos revelam a nossa jornada/O rei, figura central, simboliza nosso ser/Vulnerável, mas com poder para escolher.

A rainha, majestosa, é símbolo da sabedoria e da força interior/Com passos largos e movimentos vigorosos/Teu poder é imenso e avassalador.

Os peões, os soldados, enfrentam as batalhas do dia a dia/Caminhando com coragem em direção à sabedoria/Um passo de cada vez, avançam com determinação/Enfrentando obstáculos e buscando superação.

Os cavalos saltam com habilidade e destreza/Revelando a possibilidade de surpresa.

As torres, firmes e fortes, guardiãs da fortaleza/Defendem com bravura a sua própria nobreza/Deslocam-se em linha reta, sem se desviar/Rumo ao seu objetivo: a defesa do reinar.

O bispo é silêncio e mistério/Tua caminhada diagonal é magistral/E é nessa trajetória oblíqua que desviamos da reta previsível e segura/Abraçando o desconhecido com coragem e bravura.

No xadrez, cada peça cumpre o seu propósito com maestria/E, na vida, o propósito é a chama que nos guia e nos inspira/Encontrar propósito é encontrar nossa verdadeira essência/É conectar-se com aquilo que tem sentido, que é potência.

E essa é a mensagem do peão, cavalo, bispo, torre, rei e rainha/Encontre o seu propósito e cumpra-o com alegria/Inevitavelmente, o xeque-mate um dia vem/Mas numa vida com propósito e significado a existência vai mais além.

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