Alerta aos navegantes
Carro bem negociado anda e cavalo não desce escada
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emEm tempos de crise, é bom ficar atento aos supostos excelentes negócios, tão comuns nos sites de vendas. Todo cuidado é pouco. Por isso, não se deixe cair em tentação para não se tornar mais uma das inúmeras vítimas de estelionato.
Um dos golpes aplicados pelos criminosos é copiar um anúncio de automóvel que já está na plataforma de e-commerce e colocar um preço mais atrativo, bem como alterar o telefone de contato. A vítima, atraída por esse negócio das Índias, telefona para o golpista, que lhe conta uma lorota sobre o veículo estar com um parente ou amigo ou mesmo um funcionário.
Ao mesmo tempo, o bandido entra em contato com o verdadeiro dono do veículo e lhe conta outra ladainha. Diz que vai ajudá-lo a vender o automóvel, bem como que uma pessoa irá entrar em contato. Que o verdadeiro dono do veículo deve lhe falar que ele o conhece. Então, essa nova vítima se deixa levar pela lábia e concorda em se passar por conhecido do estelionatário. Pronto. A arapuca está armada.
Finalmente, chega o dia do encontro entre o vendedor e o comprador do carro. Ambos, na ânsia de fazer um excelente negócio, sonegam informações um ao outro, já que foram manipulados pelo bandido. Enquanto isso, o comprador mantém contato telefônico com o golpista, que o orienta a fazer uma transferência bancária, geralmente um Pix, para uma determinada conta, a fim de concretizar a compra.
Já o dono do automóvel é convencido a assinar o DUT e, no cartório, questiona o comprador se ele vai ou não depositar o dinheiro. Este fica surpreso e disse que já efetuou o pagamento para a conta lhe foi informada. Pois é justamente nesse momento em que comprador e vendedor caem na real e percebem que aquilo é um golpe. Pena que já é tarde, pois o bandido, a essa altura do campeonato, já deve ter sacado toda a grana.
Resta aos traídos pela ganância correrem para uma delegacia de polícia a fim de registrar o ocorrido. E, entre lamúrias, os dois mal ouvem os toques do policial no teclado. Talvez estejam pensando: “Como fui tão burro para cair num golpe desse?”