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Casamento não é bonito, mas é uma união gratificante

Casamento é feio. É despido de filtros, de máscaras, de ilusões. É enxergar o outro em sua pior versão: nos momentos de raiva, nas lágrimas de frustração, na teimosia que desafia a paciência. É ver o lado mais inamável de alguém — aquele que, às vezes, nos faz querer gritar.

Mas também é enxergar a alma. É rir até chorar ao ponto de fazer barulhos que só vocês dois entenderão. É compartilhar silêncios às 3 da manhã, comendo no chão da cozinha enquanto o mundo dorme. É ver além do que qualquer outra pessoa vê, aceitando o que não é perfeito.

Casamento é bagunça: são risadas engasgadas, lágrimas salgadas, maus-hábitos que ninguém mais suportaria. É acordar com cabelos despenteados, maus hálitos e, ainda assim, ser o lugar mais seguro do mundo. São danças ridículas pela sala, brigas por pratos na pia, reconciliações com abraços no escuro.

Não, casamento não é bonito — mas é brutalmente honesto. É ver a humanidade do outro e amá-lo, mesmo nos dias em que ele parece impossível. É limpar o vómito, esfregar as costas, cuidar quando o corpo e a alma estão frágeis. É trabalho duro, sujo, e infinitamente recompensador.

Porque, no final de tudo, é dividir a cama com o seu melhor amigo. É amar a pessoa mais esquisita, irritante, leal e genuína que você já conheceu. É imperfeito, desafiador, mas extraordinário.

Casamento não é bonito, mas é uma jornada inesquecível.

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