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Casar em casa é um luxo, e o investimento por maior que seja sempre compensa

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Marcelo Testoni

Para escolher o local da cerimônia e da festa, a maioria dos noivos ainda recorre às igrejas e às casas de eventos: a estrutura já está toda montada para uma celebração de sucesso. Mas arriscar a fazer o ‘casório’ em casa é um luxo (mesmo que custe pouco) e pode ser barato, basta ter criatividade e muito planejamento.

A assessora de eventos Larissa Garcia lembra que uma cerimônia feita em casa deve oferecer a mesma infraestrutura e profissionalismo de um evento contratado para recepcionar e acomodar a todos os convidados. Assim, apesar de ser menor, o casamento caseiro requer orçamento bem estipulado e recursos para que os convidados se sintam à vontade.

Em 2014, o casal Isabel e João Paulo Annunziata decidiu-se por casar no conforto do lar. “Como seria meu segundo casamento e o João nunca fez muita questão, optamos por celebrar em casa mesmo”, conta Isabel. Sem festa, o evento foi simples, mas envolveu bastante logística. “Tive de contratar bufê, comprar vestido, encomendar bolo e doces, deu certo trabalho para ficar caprichado”, lembra a noiva.

Para a assessora de casamentos Cinthia Rosenberg é possível gastar entre 5 mil e 10 mil reais, mas é preciso esforço para enxugar o número de convidados e, até, abrir mão de alguns serviços. “O que acontece é que alguns valores não podem ser reduzidos simplesmente pelo número de pessoas. Por exemplo, foto e vídeo ou a maquiagem da noiva não têm o custo alterado pelo tamanho da festa”, comenta.

No caso de Isabel, uma amiga maquiadora promoveu o dia da noiva. Foto e vídeo foram assinados por outra amiga que trabalha na área e a irmã da noiva fez o buquê. A organizadora Larissa Garcia conta que festas como a de Isabel ocorrem com frequência nos EUA, onde a família e os amigos se envolvem com a organização do casamento se sentindo prestigiados em ajudar no dia mais feliz do casal.

1. Avalie o espaço

O imóvel precisa ter uma sala e/ou um quintal amplo para facilitar o trânsito dos convidados. Além disso, o ideal é que o piso não seja de madeira, para que ele não sofra danos durante a festa. Também veja se o número de banheiros é suficiente para todos e cheque se será necessário alugar mobília, como cadeiras, aparadores, mesas e até mesmo bancos e púlpito. Também não esqueça de contar a louça e providenciar pratos, talheres e copos extras.

Se a ideia é celebrar o casamento no salão do prédio, Cinthia Rosenberg lembra que é educado convidar os vizinhos mais próximos e pedir ao síndico que emita um informe aos demais, além de respeitar o silêncio a partir das 22h. Além disso, por questões de segurança, entregue antecipadamente uma lista de convidados para o zelador ou porteiro para o controle de entrada dos convidados.

2. Enxugue a lista

A melhor dica para preparar uma lista enxuta é partir das pessoas que participaram da vida do casal desde o início do relacionamento e isso vale, inclusive, para familiares. Para uma festa em casa, dê preferência aos amigos mais próximos e, no trabalho, ou convide todo mundo ou não chame ninguém.

Antes de distribuir os convites, analise também se os ambientes que serão utilizados acomodam com conforto todos os que deseja convidar. Se um casamento tradicional pequeno reúne, em média, 150 pessoas, o ideal é que esse número caia, ao menos, pela metade para festas em casa.

3. Inove na decoração

Um dos diferenciais de celebrar em casa é a facilidade em personalizar detalhes da cerimônia: use objetos de família, fotos e louças como opções para dar autenticidade à cerimônia. Também vale colocar a mão na massa e fazer parte dos itens decorativos, como arranjos de flores e castiçais. Em uma das festas orquestradas por Cinthia Rosenberg, a noiva, sua família e as amigas se envolveram nos preparativos e produziram vários itens utilizados na decoração, como garrafas de vidro revestidas de barbantes coloridos.

4. Capriche no cardápio

Uma boa festa sempre tem boa comida e boa bebida. No resto é possível economizar, mas não nesses dois quesitos. Se a casa não possuir uma cozinha ampla para receber uma equipe de cozinheiros ou não houver espaço para montar uma área de trabalho temporária, recorra a um restaurante ou mesmo um bufê que ofereça pratos prontos ou pré-preparados. “Dá para pedir ao fornecedor um cardápio elaborado apenas com ‘finger food’, as famosas miniporções que dispensam pratos ou talheres”, sugere a organizadora Larissa Garcia.

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