Curta nossa página


Azeite, vinho, frutas...

Ceia de Natal vai ficar 10% mais salgada

Publicado

Autor/Imagem:


Carolina Paiva, Edição

A cesta de produtos para a ceia do Natal deste ano subiu 10,19%, de acordo com pesquisa divulgada Fundação Getúlio Vargas. O resultado supera a inflação média de 6,76%, acumulada nos últimos 12 meses medida em novembro. Entre os itens com maior aumento de preço, destaque para azeite (17,52%), vinho (16,95%) e frutas frescas (16,91%).

O economista André Braz diz que como se espera uma inflação para o ano abaixo de 7%, a alta de 10,19% é real. “Quer dizer que esses produtos já vão pesar nos orçamentos comprometidos pela crise que a gente atravessa. O consumidor vai ter que usar, mais do que nunca, sua criatividade, para botar o mínimo na ceia”.

Braz avaliou que ao fazer as compras para o Natal, o consumidor não terá nenhum alívio. Vai perceber o efeito dos aumentos recentes. “Ainda que a inflação esteja cedendo agora, com as taxas recuando, isso ainda é um desafio porque os alimentos acumulam uma gordura muito grande do tempo em que estavam subindo de preço e as famílias estão com a carteira vazia, porque tem muita gente desempregada”. Ele diz que há um efeito da recessão na ceia de Natal.

A pesquisa mostra, em contrapartida, recuo nos preços dos presentes no período de 12 meses. A média dos preços ficou em 4,23%, índice que está abaixo da inflação. Isso se explica, segundo Braz, porque entre os presentes há muitos bens duráveis que são adquiridos financiados.

“Ninguém está se comprometendo no longo prazo com essa taxa de juros alta, até porque está com medo de perder o emprego, quem ainda pode financiar, e não tem capacidade de pagar um produto influenciado por uma taxa de juros desse tamanho. Isso diminuiu muito o consumo de eletroeletrônicos”, explicou. Com isso, os preços não tiveram como avançar.

Comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Publicidade
Publicidade

Copyright ® 1999-2024 Notibras. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, Agência UnB, assessorias de imprensa e colaboradores independentes.