Celina Leão (PP), um zero à esquerda em sua vida pública, segundo avaliação de adversários, parece ter visto sepultada de uma vez por todas as chances de pular da Câmara Legislativa, onde chegou a ser presidente, para a Câmara dos Deputados. O cadafalso para decapitar a cabeça dela foi montado nesta terça, 2, pelo Superior Tribunal de Justiça, que decidiu rejeitar todos os recursos sobre a participação da parlamentar na Operação Drácon.
A decisão da 6ª Turma do STJ foi por unanimidade. Celina, desesperada na reta final da campanha, tentava anular o processo onde é acusada de corrupção passiva. A Operação Drácon foi deflagrada em 2017. Celina Leão foi acusada, junto com mais deputados, de cobrar propina para liberar emendas para a saúde e obras do governo.
Pela legislação vigente, se Celina for condenada em última instância, pode pegar até 24 anos de prisão e perder seus direitos políticos. Se dependesse do Ministério Público, que apresentou a denúncia ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a deputada já teria perdido o mandato. Mas, como a lei tarda mas não falha, como é da cultura popular, a proximidade da ‘morte na praia’ ficou mais perto com a rejeição do recurso pelo STJ.