Celina quer oposição como rolo compressor contra caneta de Agnelo
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emOs xiitas políticos estão com os olhos atentos nos ponteiros do relógio eleitoral do Distrito Federal. Na batalha de outubro para o governo da capital já se tem um lado. Agnelo Queiroz (PT) tentará a suada reeleição. Mas na outra parte da peleja ainda não há um adversário devidamente a postos.
Os tucanos estão em pé de guerra interna – o nome mais certo até agora é do denegado Luiz Pitiman. O DEM, do ex-deputado Alberto Fraga, anda pra lá e pra cá buscando apoio para uma candidatura própria ou apoiar outra. E é isso que dá vantagem aos petistas: a confusão dos opositores.
Mais 15 ou vinte dias, entretanto, deve surgir definitivamente uma chapa com seus respectivos componentes, que tem o objetivo de abortar, nas urnas, o desejo de reeleição do PT.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) está empolgado com sua candidatura majoritária. Entusiasma-se ainda mais com o deputado Antônio José Reguffe (PDT), que deve divulgar seu rumo até 10 de maio. O eleitor saberá, então, se ele vai postular ser vice-governador ou senador.
Mas essa chapa precisa de mais, defende a deputada distrital pedetista Celina Leão. “Acho que vai ficar (mais) forte se fizer aliança”, acredita uma das principais pedras no caminho do PT dentro da Câmara Legislativa.
– Se não for assim, se agirmos ao contrário, essa frente pode chegar nivelada às outras legendas confusas, avalia Celina.
Para ela não será fácil derrotar quem está com a máquina. “Sempre falei (isso) com franqueza”, lembra a deputada, enfatizando, porém, que o governo de Agnelo, por ser ruim, não é imbatível.
Celina defende, inclusive, a entrada na chapa do seu antigo mentor, o ex-governador Rogério Rosso, presidente regional do PSD. Ela embasa sua tese no tempo de TV que o partido do Gilberto Kassab tem e principalmente no projeto administrativo para a capital.
Legendas que também cogitam lançar candidatura própria, como PPS e PSol, poderiam se aliar ao PSB e PDT, sugere a distrital. “Cada um tem que saber seu tamanho”, orienta.
Por ora, o PSD não tem destino. Há a possibilidade, inclusive, de encabeçar chapa, segundo Rosso.
– O PSD vai se definir apenas no final de maio por uma candidatura própria ou uma aliança, assegura.
Embora ainda indeciso, Rosso não descarta embarcar no vagão político de Rollemberg. “Vemos com muita simpatia várias causas e projetos do PSB, como a questão do Entorno e a autonomia das Administrações, mas sabemos que os compromissos de uma aliança passam necessariamente por outros pontos, por outras diretrizes”, avisa.
Elton Santos