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Censo demográfico revela que cidades do interior passam por um encolhimento constante

Enquanto as grandes cidades crescem mais, as pequenas passam por um enxugamento. O censo do IBGE divulgado esta semana aponta que em 1.364 (24,4%) das 5.570 cidades do País, ocorreu o oposto de 2014 para 2015: o contingente de habitantes encolheu.

Os municípios que perderam população estão principalmente na Região Sul. “São cidades de até 20 mil habitantes que não oferecem atrativos de estudo e trabalho para os jovens. Eles tendem a migrar para os grandes centros em busca de oportunidades”, explica a técnica do IBGE Leila Ervatti, lembrando que no Sul as mulheres têm taxa de fecundidade historicamente mais baixas.

As Estimativas da População são calculadas anualmente pelo IBGE e servem para registrar o número de brasileiros nos períodos entre os censos demográficos, que são realizados a cada dez anos. De 2014 para 2015, a população brasileira aumentou 0,83%, mantendo ritmo cada vez mais lento de crescimento, tendência desde os anos 1960. No Norte e no Centro-Oeste estão as maiores taxas de crescimento. Mais da metade dos municípios teve aumento de habitantes de até 0,9%.

Em Brejo de Areia (MA), de 2014 para 2015 o número de residentes subiu 113,7%, passando a 9.166 brejoareienses. A menor cidade do País é a mineira Serra da Saudade, com 818 moradores, seguida da paulista Borá, com 836.

Já a concentração nos grandes centros (cidades de mais de 500 mil pessoas) persiste: apenas 41 municípios concentram 30% da população de todo o País (61,2 milhões de pessoas).

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