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Centrais sindicais se unem contra Bolsonaro e fome

As principais entidades representativas da classe trabalhadora no Brasil divulgaram manifesto onde prometem lutar em defesa da democracia e pelo fim a carestia. O Brasil, segundo as centrais sindicais, precisa acabar com a fome e a pobreza que assolam a população, além de dar um fim à inflação, à redução da renda e à elevada taxa de desemprego.

Em nota divulgada ao término de reunião realizada em São Paulo, os dirigentes classistas pregam união dos diferentes movimentos sindicais ao longo deste ano para garantir lisura nas eleições e afastar qualquer tentativa de golpe patrocinado pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Já está claro que o atual governo não tem capacidade ou interesse em debelar as causas da crise econômica e social. O governo até agora, depois de mais de três anos no poder, não apresentou nenhuma política consistente de desenvolvimento e geração de empregos. Ao contrário, implementa uma gestão voltada ao receituário de privatizações, cortes orçamentários e aumento da taxa de juros.”, diz trecho da nota.

Veja outros tópicos:

  1. reforçar a unidade das centrais sindicais como forma de intensificar a luta;
  2. ampliar a resistência sobre as investidas aos direitos trabalhistas no legislativo e judiciário;
  3. apoiar o processo eleitoral que acontecerá em outubro;
  4. fortalecer as campanhas salariais das diversas categorias como uma forma de luta unitária contra a carestia;
  5. convocar atos nacionais, regionais e locais contra a carestia, a miséria, o desemprego e a defesa da democracia

Tais ações, segundo o comunicado, vão suscitar o debate entre a população sobre “a necessidade de mudança da atual rota política e econômica que só beneficia os mais ricos e de apoiar um projeto de desenvolvimento econômico baseado na industrialização, geração de empregos de qualidade, valorização do salário mínimo e da renda do trabalhador, justiça social e soberania.”

Ainda de acordo com a nota, “está mais do que na hora de dar um basta! Por isso, convocamos todas as instituições democráticas a se unirem pela melhoria das condições da população, na defesa da democracia e contra o golpismo”.

Assinam o documento:

Sérgio Nobre, Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, Presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, Presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Oswaldo Augusto de Barros, Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Atnágoras Lopes, Secretário executivo nacional da Central Sindical CSP-Conlutas
Nilza Pereira, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor

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