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Centrão ditará as regras do jogo político com Lula ou Bolsonaro

Final de tarde em em Brasília, prédio do Congresso Nacional

Dos seis candidatos à Presidência da República, o funil deixou passar apenas dois – como prevê a legislação0 eleitoral – para o que se prevê seja uma disputa acirrada entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual ocupante do Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. E o dia 30 é logo ali.

Será uma nova e importante eleição entre o dois candidato, mas não tanto para os mercadores do dinheiro e do voto. Nos próximos quatro anos, teremos que lidar com Lula ou Bolsonaro – qualquer um dos dois que vença as eleições. Mas sabemos que são cartas marcadas, que não trarão nenhuma surpresa para o povo brasileiro.

Essa é uma afirmativa porque, as eleições (desde 2018) e as de agora, estão sempre sendo decididas pelos mercadores do dinheiro e do voto, com ênfase para o bloco do Centrão no Congresso Nacional.

O Centrão, sem nenhum perfil ideológico (ou com todos de seu interesse ao mesmo tempo), e que faz do Congresso Nacional um balcão de negócios, ainda vai destruir (e comandar) o Brasil politicamente por mais tempo que o eleitor brasileiro possa imaginar. A história recente (e antiga também) não nos deixa sem provas: mensalão, petrolão, orçamento secreto … só para lembrar dos mais recentes.

Não fosse esse bloco parlamentar fisiológico, Lula e Bolsonaro poderiam ter sido cassados em seus mandatos desde tempos idos que fazem suas negociatas com os mercadores que ocupam gabinetes no parlamento brasileiro.

Infelizmente, com a vitória de Lula ou Bolsonaro, não teremos surpresas maiores até 2026. O internauta que nos lê não deve espantar se ainda ouvir falar de mesadas a deputados e senadores, sejam essas mesadas secretas ou através de dutos de empresas públicas e privadas.

Sem medo de errar, qualquer que seja o vencedor, quem vai mandar mesmo será o Centrão. A história registra, confirma e o povo sofre! É certo afirmar que o futuro governante enfrentará hostilidades e viverá numa sinuca de bico. A extensão dessas dificuldades será medida de acordo com o peso de conservadores e progressistas na balança politica.

*João Moura é Professor, Filósofo, Especialista em Ciências Humanas, Mercado Financeiro e Filosofia da Política.

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