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Cepi de Planaltina inicia aulas com mais vagas infantis

Com tranquilidade, 198 famílias deixam as crianças todos os dias no Centro de Educação da Primeira Infância em Planaltina, o Cepi Tucano, sabendo que os pequenos terão desenvolvimento pedagógico trabalhado, além de cinco refeições por dia.

Assim é o sentimento de Thays Araújo Coelho, 28, ao deixar a filha Cecília, de dois anos, na creche. A auxiliar administrativa conta da felicidade ao descobrir que filha tinha conseguido a vaga na creche pública, ainda que a separação das duas no primeiro dia tenha sido difícil. Mas, após ir ao espaço e ter contato com a equipe, a mãe teve a certeza de que era um bom lugar para o desenvolvimento da criança, além de conseguir trabalhar melhor, ter mais liberdade e se concentrar nos afazeres domésticos.

“Eu senti a necessidade de colocá-la na creche para ela desenvolver a inteligência que ela já tem e compartilhar experiências com crianças da idade dela. E aí surgiu a vaga, muitas nas classes públicas, inclusive, eu não estava esperando”, ressalta. Thays acrescenta que ficou surpresa com a estrutura do espaço. “Quando a gente fala creche pública, a gente imagina uma coisa mais simples, então eu fiquei comparando bastante com a particular. Ficamos bastante felizes que o governo pode proporcionar essa ótima estrutura para nossos filhos”, destaca.

Entre os quatro Cepis de Planaltina, o Cepi Tucano funciona de 7h30 a 17h30 e fica na região do Buritis IV, contando com um investimento mensal de R$ 182 mil. Funcionando com uma parceria entre a Secretaria de Educação e o Hotelzinho São Vicente Paulo, o espaço foi inaugurado em julho de 2023 e atende 198 crianças de até 3 anos de idade, contando com 48 funcionários, um diretor, um coordenador, um nutricionista e a parte administrativa.

Segundo a presidente da instituição, Ana Patrícia Oliveira Mota, esse ano o Cepi Tucano vai atender 80% da lista de espera da Região Administrativa de Planaltina. Para ela, é um ganho muito grande para as famílias que deixam os filhos em um local limpo, organizado, estruturado pedagogicamente com profissionais qualificados, professores, monitores, direção e coordenação.

“É um modelo excelente e novo da Secretaria de Educação. Para os pais, é um alívio na alma poder trabalhar sabendo que a criança está ficando em um local onde ela é assegurada pelos direitos dela, recebe do café da manhã a jantinha, banho, toda uma parte pedagógica estruturada, fiscalizada e orientada, além do carinho que ela recebe aqui. Então, para a família é segurança e bem-estar”, declara.

Inclusão
A presidente acrescenta que os Cepis recebem todas as crianças, incluindo as atípicas, visto que a regional de ensino dá suporte por meio de cursos preparatórios para os profissionais da unidade. Crianças como o Bernardo, de três anos, que está no espectro autista.

O pai do menino, Rafael Gradão, 25, explica que a chegada do Bernardo na creche facilitou muito a vida do casal, sem contar no desenvolvimento da criança, que se tornou mais sociável, aprendeu a fazer novas amizades e se desenvolveu muito bem, principalmente no quesito de fala e interação com outras crianças.

“O Bernardo foi laudado muito cedo. Nos acompanhamentos, sempre me indicaram que ele frequentasse a escola, para o desenvolvimento e o convívio dele. Para a gente foi um alívio muito grande ele ter vindo para cá. É um suporte familiar imenso e uma tranquilidade saber que a gente pode retornar às nossas atividades e que ele está em um ambiente seguro e educativo também”, afirma o empresário.

Queda na lista de espera
A unidade de educação é uma entre os 78 Cepis espalhados pelo Distrito Federal que, após o decreto nº 45.038, de 05 de outubro de 2023, passaram a atender cerca de 200 crianças em cada unidade. Após a ampliação das vagas e uma reformulação no manual de atendimento das regionais, a lista de crianças na espera de uma vaga na creche pública caiu de 17 mil para menos de 6 mil alunos.

Entre os critérios definidos para atendimento na creche, está a prioridade de vagas para as crianças com mães solo, de baixa renda, com medidas preventivas ou outras questões sociais. De acordo com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, as ações do governo possibilitaram a ampliação e permitirão desafogar áreas estranguladas em todas as etapas de educação primária no DF.

“Houve muita procura da comunidade por essas vagas. E sabemos que a criança, estando na escola, tem um ganho pedagógico grande por ser estimulada desde cedo, além de cuidados que a família às vezes não tem como dar, como a alimentação balanceada e até os insumos de creche. Tudo é ofertado, isso dá segurança para as famílias, ter as crianças bem assistidas e a mãe pode ir trabalhar, gerando independência”, observa.

Ainda este ano, dois Cepis serão entregues na área rural e mais quatro serão inaugurados no DF. Mais 17 Cepis estão em obras em diversas regiões administrativas de Brasília: um em Samambaia, dois no Recanto das Emas, dois em Taguatinga, dois em Ceilândia, um no Taquari, um no Mangueiral, um no Guará, um em Santa Maria, um na Estrutural, um no Gama, um na vila Telebrasília, dois no Riacho Fundo e um no Riacho Fundo II. No total, o investimento nas obras chega a R$ 92 milhões.

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