Marcelo Lima
A maior vitrine de soluções em revestimentos da América Latina, a Expo Revestir, abriu suas portas 7. Ao todo serão sete pavilhões, com 40 mil m², os principais lançamentos em cerâmicas, louças sanitárias, metais para cozinha e banheiro, além de rochas, mosaicos, madeiras e laminados.
É a 15ª vez que isso acontece e, desde a primeira edição, com a participação de Cesar Gomes Junior: presidente do Grupo Portobello e então presidente da Anfacer, associação que congrega empresas do setor, no biênio 2003-2004, quando a feira foi criada.
“Passados quinze anos hoje nossa feira integra o calendário de um seleto grupo de profissionais e consumidores, fato, que muito nos orgulha”, como ele afirmou nesta entrevista exclusiva ao Casa, na qual comenta algumas das novidades do evento.
No que a Revestir se difere de uma feira convencional de construção?
Diria que no enfoque inovativo. O lado negócios obviamente pesa, ainda mais em se tratando de uma feira realizada em um país que ocupa hoje a segunda posição no ranking de produção e consumo de cerâmicas. Mas, para além do aspecto comercial, quem frequenta a Revestir está em busca de inovação. Tanto de novas cores, padrões e texturas, quanto de performance e desempenho.
Nos últimos anos, a indústria cerâmica tem se dedicado a reproduzir materiais naturais com a maior fidelidade possível. Por que isso acontece?
De fato, na última década, temos assistido a uma gradativa oferta de produtos que procuram reproduzir matérias-primas como a madeira, pedra, cimento. Mas, ao contrário do que possa parecer, não acredito que essa abordagem se dê, apenas, em função de uma decisão de ordem estética ou de custos. Reproduzir materiais naturais, não deixa de ser, em última análise, uma atitude sustentável. E isso pesa cada vez mais na escolha dos consumidores.
Que novidades aguardam os visitantes da edição da Revestir e, em um futuro próximo, o consumidor de cerâmicas?
Primeiro, produtos mais flexíveis. Cada vez mais a mesma cerâmica usada em áreas externas vai frequentar os interiores e vice-versa. Depois, não só variedades que se aproximam, e muito, de materiais naturais, mas que, em alguns casos, chegam a superar a performance dos originais. No caso de materiais que simulam a madeira, por exemplo, a resistência ao choque e à umidade por vezes já são superiores. Por fim, o tamanho das peças, que, dada a evolução tecnológica, estão visivelmente maiores. Placas de cerâmica com mais de um metro de comprimento com certeza estarão presentes.