Acordados para morrer
Chacina em Pernambuco deixa seis mortos de uma mesma família
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Cinco adultos e um adolescente de uma mesma família estavam dormindo em um quarto quando foram foram acordados para serem assassinados. Cerca de dez homens que invadiram a casa em que as vítimas moravam, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, todos encapuzados e se dizendo policiais, foram acordando um a um para assassiná-los a tiros de pistolas de variados calibres.
O crime aconteceu no final da noite dessa segunda-feira (17), por volta das 23h dessa segunda-feira (17), no Sítio Pitanga, localizado na comunidade de Chã de Cruz, zona rural de Abreu e Lima. A Polícia ainda não conseguiu entender a motivação do crime ainda é um mistério.
Esta é a segunda chacina ocorrida na capital pernambucana desde o início do ano. No dia 11 de janeiro, sete homens foram assassinados a tiros em Nova Descoberta, bairro periférico da Zona Norte do Recife. O caso ainda não foi elucidado, mas a Polícia trabalha com a hipótese de disputa de facções pelo controle do tráfico de drogas na região.
Foi o delegado Sérgio Ricardo, coordenador da Força-Tarefa de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que informou o número de criminosos – cerca de dez homens armados – que chegaram ao sítio em Abreu e Lima em cinco motos, entraram na casa onde estavam as vítimas e atiraram contra elas no quarto.
Uma mulher que estava na casa relatou que os criminosos se identificaram como policiais e estavam encapuzados. O grupo seguiu para o quarto onde as vítimas – todas do sexo masculino – estavam dormindo.
“Os jovens foram acordados e rendidos. Cinco foram colocados em colchões e foram executados. Ainda é muito cedo para termos informações concretas sobre a motivação (do crime). O que posso dizer é que todos eram usuários de drogas e há três linhas de motivação”, afirmou o delegado, em entrevista à TV Jornal.
As vítimas eram dois irmãos, de 16 e 18 anos, e quatro primos. Elas foram identificadas:
Lucas José de Oliveira da Silva, 27 anos;
Mikael Manekison Bernardo da Silva, 18 anos;
João Victor José de Oliveira Silva, 20 anos;
Cauã Bernardo da Silva, 16 anos;
Felipe José de Oliveira da Silva, 23 anos;
Henrique José Oliveira da Silva, 29 anos.
Os criminosos não atiraram na testemunha.
De acordo com Sérgio Ricardo, os atiradores usaram armas de calibres variados, incluindo 9mm, .40 e 380.
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