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Chantagem econômica, e política, silenciam o Pau no Gato que Brasília ainda adora

José Seabra

O miado do gato terá missa fúnebre daqui a 30 dias. A morte do felino mais famoso de Brasília está programada para meados de junho. O anúncio foi feito ao amanhecer desta quarta-feira, 25, pelo jornalista Mino Pedrosa, âncora do programa Retrato Falado, da Atividade FM. Mas, mesmo na UTI, o pau no gato ainda se fará sentir em muita gente.

O Retrato Falado começou a ser apagado e silenciado na noite anterior, na residência do empresário Wigberto Tartuce, dono da emissora. Mino, um dos jornalistas mais premiados e respeitados da história da imprensa brasileira, foi convocado para uma reunião. Ele sabia que o futuro estava selado. Mas, discreto, manteve o teor da conversa sob reserva.

Nos bastidores, porém, o sentimento é o de que Mino Pedrosa foi vítima de uma chantagem patrocinada pelos poderes político e econômico de Brasília e vizinhança. Vozes autorizadas sugerem que Vigão foi colocado contra a parede. Ou Mino sai do ar, ou os patrocinadores desativam suas campanhas.

E como o dinheiro da publicidade fala mais alto, a Atividade, mais dia, menos dia, perderá a audiência garantida pelo Retrato Falado, e voltará a ser conhecida como a emissora do traço horizontal, e não a mais amiga do Brasil. Até lá, porém, Mino está disposto a falar. E quem ouvir o programa, entenderá quem são os poderosos que sujeitaram Vigão a baixar a cabeça, como cachorro que coloca o rabo entre as pernas.

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