A agenda e as salas exibidoras para o lançamento do filme Chatô, o Rei do Brasil já estão definidas, segundo revela o diretor e ator Guilherme Fontes. Foi uma longa jornada de 20 anos – desde que comprou os direitos do livro homônimo de Fernando Morais, em 1995, passando pelos dois anos de captações, o início das filmagens, em 1999, as interrupções até a conclusão das últimas cenas, realizadas agora em 2015.
O filme será distribuído pelo ator, que declinou de duas distribuidoras, primeiramente nas duas principais capitais: São Paulo (25 cópias) e Rio (15), em 19 de novembro. Depois, virão Salvador, Belo Horizonte e Brasília, no dia 26 de novembro. Em 3 de dezembro, o filme deve estrear nas capitais do Sul e depois no restante do Nordeste e Norte.
Diferente do que aconteceu no passado, Guilherme Fontes revela-se hoje mais prudente em se tratando da expectativa em relação ao filme, agora nos cinemas. “O risco nas salas é tão grande quanto o risco da bolsa de valores. Estou na chuva e, por isso, tenho que me molhar”, brinca. “Não tem problema, já comprei meu guarda-chuva. Vou distribuir de uma maneira bem consciente para que possamos atingir nosso objetivo de bilheteria e de público. Poderíamos lançar agora em outras praças, além de Rio e São Paulo, mas, por prudência e por facilitação, escolhi essas duas cidades próximas a mim. Não quero dar um passo maior que a perna.”
Questionado sobre a decisão de distribuir o filme por conta própria, o diretor afirma que enfrentou as dificuldades que qualquer cineasta passa quando vai lançar seu filme, “especialmente sendo um filme independente”. “As propostas que recebi foram legais, simpáticas. O que me deixou mais feliz foi o interesse deles por meu filme. Mas, tive de declinar desses convites por uma série de fatores, como questões financeiras e burocráticas. Achei que teria mais controle sobre o lançamento caso eu tomasse às rédeas da distribuição. Assumi e vou fazer parcerias pontuais em determinadas praças.”
Globo Filmes – Guilherme relatou que o acordo com a Globo Filmes é antigo, “do tempo em que a empresa estava começando” e diz que espera restabelecer a parceira “nas próximas semanas”.
Crítica – Sobre a opinião das pessoas que já assistiram ao longa e a expectativa de bilheteria, o diretor disse que, “apesar de ser um grupo conhecido”, as cinquenta pessoas que viram Chatô foram unânimes: “adoraram e ficaram entusiasmadas com o filme”. “Por conta dessas reações, estou otimista com o filme nos cinemas. Em cima dessa projeção, o meu filme fará sucesso se as pessoas ficarem emocionadas e se distraírem com ele, caso contrário, meu filme não fará sucesso de público”, afirmou Guilherme.
Percalços – Guilherme Fontes relatou ter ficado surpreso com a rapidez e a facilidade com que levantou o dinheiro para o filme e que isto terminou sendo seu maior ‘pecado’. “Fico imaginando o que seria do meu filme se tivesse terminado ele em 1999. O que sei hoje é que os interesses são controlados por pessoas de caráter muito falho. Essas pessoas determinam o sucesso e o fracasso das pessoas que cruzam o caminho delas. Agora, você não pode fingir que não está vendo a bandidagem correr a solta. Como não gosto de me misturar com essa bandidagem tive que pagar um preço muito alto. Tem muito oportunismo por trás disso tudo.”