Paraíso no Agreste
‘Cheguei primeiro, é meu; daqui ninguém me tira!’
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emA loucura espreita e, sem avisar, ataca os mais propensos a devaneios. Mas não sejamos levianos com a loucura, que não pode ser confundida com a alucinação, muito menos com o delírio e, pasmem, a alienação. Não mesmo!
E para aquele que ainda duvida do que falo, digo logo que é, no mínimo, um incauto ou descuidado. Puxe a cadeira, sente-se e preste atenção ao caso que tenho para lhe contar. Adianto-lhe que aconteceu há pouco menos de ano, mas bem que poderia ter ocorrido há século ou mais. A essência é a mesma, como poderá, em breve, desde que tenha tutano suficiente, atestar.
O nome do gajo é José Seabra, vulgo Chefe, mas bem que poderia ser Joaquim Maria ou Afonso Henriques. Pois bem, o renomado jornalista, recifense que é, conhece Pernambuco muito além do litoral, como fez questão de enaltecer em uma mensagem para este que ousa escrever tais linhas.
– Edu, quem disser que falta água no agreste pernambucano estará faltando com a verdade. Olha a prova aí!
Junto a tais palavras, lá estava uma fotografia do Seabra, uma espécie de Omar Sharif do jornalismo, recostado a uma pedra, braço direito erguido, uma cachoeira deslumbrante ao fundo, como a proclamar: “Pernambuco é tudo de bom! Daqui ninguém me tira! Vi primeiro e é tudo meu!”
Loucura, minha amiga e meu amigo, não é fazer psicopatia, mas viver o momento, por mais ínfimo que seja, do modo mais aprazível, pois os respingos de saudade é que nos mantêm vivos e vívidos para novas aventuras.
Que todos sejamos loucos! Obrigado, Chefe!!!