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Chengulo, quase 13, será eterno na crônica mais sofrida

Hoje, dia 19 de abril de 2024, o Chengulo, meu companheiro de tantos e tantos momentos inesquecíveis, partiu, a poucos meses de completar 13 anos. A dor é indescritível, vontade de sumir da frente de todo mundo e chorar meu luto sozinho. Mas preciso compartilhar com alguém ou, então, o desespero de não mais sentir o seu cheiro de buldogue bom de bola, dorminhoco e apaixonado por melão, me tomará por completo.

Quantas e quantas vezes ouvimos as pessoas estranharem quando ouviam o seu nome. Chengulo? Mas o que isso significa? Ué, significa Chengulo. E saíamos com aquele sorriso cúmplice que só nós entendíamos.

Brincávamos de bola até que ela ficasse completamente destruída. Era difícil convencê-lo de trocá-la por uma nova. Você, com essa sua cara achatada e seus olhos tão expressivos, me mostrava que não devemos nos desfazer do que amamos simplesmente porque envelheceu. Errado era eu, que queria jogar aquele trapo de bola fora e lhe dar uma novinha em folha.

E como você sempre se mostrou tão inteligente. Lembra de quando você não queria mais brincar e, então, pegava a bola e voltava para casa? E lá ia eu correndo que nem doido atrás de você. Mal chegávamos, você ia direto para a bacia cheia d’água e ficava ali por alguns bons minutos. Depois se levantava, se sacudia todo e ia deitar ao meu lado. Tirava aquele soninho dos atletas de todas as manhãs.

E quantos contos e crônicas inspirados em você, Chengulo! O seu ronco agindo como motorzinho dos meus dedos sobre o teclado. Ronc, ronc, tec tec, ronc ronc, tec tec…

Sentirei muita falta de você, Chengulo! Já está sendo muito difícil! No entanto, tenho certeza de que o seu ronco vai continuar ecoando através das nossas histórias. Chengulo!!! Chengulo!!! Chengulo!!!

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