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Chile condena militar que matou americanos na ditadura de Pinochet

Uma corte chilena confirmou neste sábado a sentença a 7 anos de prisão a ser cumprida pelo ex-oficial do Exército pelos assassinatos dos jornalistas norte-americanos Charles Horman e Frank Teruggi, ocorridos na ditadura de Augusto Pinochet em 1973.

“A decisão da Corte de Apelações de Santiago confirmou a sentença de 7 anos de prisão para o oficial aposentado do Exército Pedro Espinoza como autor de ambos os homicídios”, informou um comunicado do Poder Judiciário.

Espinoza foi condenado em fevereiro deste ano pelos homicídios dos jornalistas americanos ocorridos poucos dias depois do golpe del 11 de setembro de 1973, que instaurou a ditadura de Pinochet.

O ex-militar está encarcelado por outros delitos da mesma espécie em uma prisão especial militares violadores dos direitos humanos localizada em Santiago.

A decisão também ratificou a pena de 2 anos de prisão para Rafael González, ex-funcionário civil da Força Aérea do Chile, acusado de ser cúmplice do homicídio de Horman.

A decisão, contudo, reduziu de 30.000 dólares para 20.000, as indennizações que o Estado chileno deve pagar aos familiares das vítimas.

A decisão judicial ainda pode ser apelada em última instância na Suprema Corte do Chile.

A investigação do caso apontou que Horman, um roterista que trabalhava para uma produtora chilena, foi detido por militares e acusado de realizar trabalhos “subversivos”, após denunciar atividades da CIA contra a administração do então presidente Salvador Allende.

Seu desaparecimento inspirou o filme ‘Missing’ (1982), do cineasta grigo Constantin Costa Gavras.

Frank Teruggi era um estudante que produzia o jornal de esquerda FIN (Fuente de Información Norteamericana), publicado nos Estados Unidos.

A ditadura de Pinochet deixou aproximadamente 3.200 mortos e desaparecidos segundo dados oficiais.

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