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Chilique da seita bufa bolsonarista perto do fim

Calma, povo do bem! Não há mal que dure para sempre. O ódio doentio dos brasileiros que só pensam neles está próximo do fim. E sabem por quê? Porque, antes uma espécie em extinção, o cidadão ordeiro e respeitador de leis e de resultados está de volta à ribalta. A partir de janeiro, vai ocupar o lugar daqueles que precisam ser investigados. No mínimo, serem avaliados por uma junta psiquiátrica. A histeria coletiva que tomou conta do país desde a vitória de Luiz Inácio terá de se limitar às varandas e aos automóveis embandeirados. A palhaçada está com os dias contados. A moita será desocupada. As ruas, avenidas e rodovias são de todos. É nelas que o artista deve estar e, para desassossego deles, o artista principal novamente tomou o lugar do coadjuvante sem talento.

Os quartéis também precisam ser liberados. Afinal, as Forças Armadas são integradas por corporações de Estado e não de governo ou de um mandatário. Assim como elas não se apequenaram diante de um presidente autoritário e que plantou o ódio por onde passou, certamente não se associarão ao que há de pior no bolsonarismo: o golpismo acima de tudo. A derrota de Jair Messias não representa somente um alívio para o espírito de mais de 60 milhões de brasileiros. É a garantia das liberdades, é a certeza de que retomamos a confiança e a esperança por dias menos tortuosos para o cidadão da paz e segurança absoluta para as minorias, entre elas as mulheres, os índios e o público Lgbtqia+.

Os bloqueios de rodovias e as tentativas de convocar os quartéis para o levante fracassarão de forma retumbante. Algumas dessas estultices golpistas já fracassaram. Uma pena culpar os mais velhos, mas estas são ideias de elitistas criados com vó ou com padrinhos bem situados. Mal criados, não costumam aceitar o contraditório e normalmente recebem um não como ofensa. São aqueles que nunca pregaram um prego numa barra de sabão, se acham superiores e não conseguem entender a derrota como aprendizado. Na medida em que não há hipótese de alteração do que está posto, a única intenção é tumultuar o país após a revigorante vitória de Lula da Silva.

Para esse povo do vale tudo para não perder o poder, “só não vale dançar homem com homem e nem mulher com mulher. O resto vale”. Ligado o modo Donald Trump, associado à falta de votos, o cheirinho de golpe permanece na Bandeira Brasileira de cada um deles. Ficará só no cheirinho. Com a transição a todo vapor, está cristalinamente definido que, conforme ocorreu com Trump nos Estados Unidos, por aqui também ficará o dito pelo não dito. Todos já sabiam que o jogo dos perdedores não seria jogado dentro das quatro linhas. Muito pelo contrário. O Brasil e o mundo anteviam que o ar de superioridade que os impede de assumir uma derrota iria se sobrepor à razão e gerar chiliques dos mais variados.

Um fato chamou atenção nos dias que antecederam ao 30 de outubro. Antes a todo vapor, a fábrica de desinformação do governo federal parece ter perdido o forno principal. Nada do que foi produzido era novo. Não vingou nem mesmo a história das supostas irregularidades nas inserções de propaganda eleitoral em emissoras de rádio, apenas mais uma na extensa lista das malditas fake news. A verdade é que, depois do perfeito funcionamento das urnas eletrônicas e do fracasso do pré-golpe de Roberto Jefferson, alguma coisa precisava ser pensada como pretexto para melar o triunfo da democracia.

Para os eleitores de bem, o conselho continua o mesmo: o mal não prevalece. Por isso, tudo que a gente precisa é acreditar que os dias difíceis passam, que as coisas boas acontecem no tempo certo. Valho-me sempre das pregações de Mahatma Gandhi, para quem “pode ser que tudo dê errado, mas nas grandes batalhas da vida o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer”. Definitivamente, grandes conquistas exigem grande dedicação. Como dizia o poeta baiano Raul Seixas, “não diga que a vitória está perdida se é de batalhas que se vive a vida”. A próxima guerra deverá ser impedir que a seita denominada bolsonarismo se transforme em algo socialmente aceitável. Nada contra as seitas, mas tudo a favor do bem, da paz social e da defesa intransigente da democracia.

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