No início de junho, moradores de várias províncias do centro da China afirmaram ter visto uma misteriosa luz se movendo pelo céu. Na época, comandantes da Força de Foguetes do Exército de Libertação do Povo e a Marinha chinesa insinuaram que poderia ser um teste militar secreto.
Nesta terça, 2 (segunda, 1, no Brasil) passado quase um mês, o porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, Ren Guoqiang, anunciou que o país havia testado com sucesso o Julang (JL) -3, um míssil balístico de última geração lançado por submarinos intercontinentais .
“A pesquisa científica e os testes foram conduzidos de acordo com o plano estratégico de Pequim; são normais”, disse Ren, acrescentando que o teste não teve como alvo “qualquer país ou entidade específica”. “A China sempre seguiu uma política de natureza defensiva e uma estratégia militar de defesa ativa. O desenvolvimento de armas e equipamentos é para atender às necessidades básicas de salvaguardar a segurança nacional da China”, ressaltou.
A arma tem forte poder de destruição. Pode viajar a uma velocidade de 7 quilômetros por segundo e atingir um alvo a até 14 mil quilômetros de distância – o que inclui várias regiões dos Estados Unidos.
Esses mísseis de terceira geração Julang (“ondas grandes”) são especificamente projetados para os submarinos movidos a energia nuclear da China . O jornal chinês Global Times divulgou anteriormente que o JL-3 pode transportar mais ogivas do que os atuais mísseis balísticos lançados por submarinos do país.