Fábrica da BYD
Chineses da Bahia foram vítimas de tráfico humano
Publicado
emO Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) revelaram que trabalhadores chineses resgatados em uma obra da empresa BYD, na Bahia, foram vítimas de tráfico internacional de pessoas. As investigações apontaram que esses trabalhadores eram submetidos a condições análogas à escravidão durante a execução do projeto, que visava à construção de uma fábrica de baterias.
Os trabalhadores foram recrutados na China e trazidos ao Brasil sob promessas de remuneração e condições dignas de trabalho, mas, ao chegarem ao país, enfrentaram situações degradantes. Entre as irregularidades identificadas estavam jornadas exaustivas, retenção de documentos, alojamentos precários e restrição de liberdade, configurando graves violações dos direitos humanos.
A operação conjunta do MPF e do MPT resultou no resgate dos trabalhadores e na responsabilização da empresa contratante e de intermediários envolvidos no esquema de tráfico. Além das ações judiciais, os órgãos também cobraram reparações trabalhistas e medidas para evitar a repetição de práticas semelhantes.
O caso ganhou destaque nacional e internacional, levantando debates sobre a responsabilidade de empresas multinacionais em garantir a conformidade com as legislações trabalhistas e os direitos humanos nos países onde operam.