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Covid

Chineses vão testar vacina em 60 brasilienses

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Carolina Paiva, Edição

A vacina que vem sendo desenvolvida pela empresa farmacêutica chinesa Sinopharm pode ser testada em 60 voluntários do Distrito Federal. Essa foi a proposta apresentada na quarta-feira (7) ao secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, pelo empresário Toufic Khalil, presidente da Cedar Kingdom Corporation Limited, representando o grupo Sinopharm. A proposta agora será avaliada e submetida ao governador Ibaneis Rocha, que poderá ou não autorizar os testes.

A vacina da Sinopharm já está na Fase 3, que é a última etapa de pesquisas para demonstrar a eficácia do produto, confirmar sua segurança e, assim, obter o registro sanitário para disponibilizar à população. A expectativa da empresa é produzir, até o final de dezembro, 30 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.

Foram realizados testes com essa vacina em diversos países, como a própria China, Tailândia e Emirados Árabes Unidos. No Brasil, estados como Paraná, Tocantins e Mato Grosso já aceitaram participar de testes com voluntários, conforme os representantes da farmacêutica.

No caso do DF, Okumoto salientou que a empresa encaminhará à SES um novo modelo de acordo de confidencialidade, definindo a metodologia para a realização dos testes com voluntários. No acordo, os chineses se comprometeram a montar um laboratório de apoio para fazer os testes e mapear os resultados, sem nenhum custo para o Governo do Distrito Federal.

O secretário de Saúde ressaltou que a proposta chinesa chega num momento em que o Distrito Federal registra estabilidade no número de óbitos por Covid-19. “Tão importante quanto reduzir esses índices é fortalecer as pesquisas que podem levar a descoberta de uma vacina que salve vidas”, afirmou Okumoto.

Confiante que o GDF também autorizará os testes, Toufic Khalil agradeceu ao secretário “por essa oportunidade de apresentar uma vacina que estamos muito esperançosos de ter bons resultados”.

O otimismo levou a Sinopharm a solicitar autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a vacina seja testada no Brasil antes do final deste ano, segundo Diego Pereira, presidente de uma das empresas brasileiras que integram o grupo.

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