Muitas pessoas, no mundo todo, consomem chocolate diariamente. Apreciar essa iguaria é uma prática muito comum, e aqui vamos nos aprofundar sobre os benefícios do consumo desse doce, seja em forma de bombom, de barra, achocolatados, balas, bolos, entre outros. Sabendo consumir, o chocolate é uma boa opção, pois contém componentes que são fontes de vitaminas e minerais.
Em uma alimentação balanceada, o processo de emagrecimento se beneficia dos ácidos fenólicos presentes no cacau, que interferem na produção da leptina (hormônio da saciedade). Além disso, inibe o organismo a estocar gordura e, como é rico em cafeína, acelera o metabolismo (versão amarga). Comer pequenas porções de chocolate amargo ajuda a se sentir satisfeito sem exagerar na comida.
Em 2017, um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicou um estudo realizado ao longo de 13 anos com mais de 55 mil pessoas entre 50 e 64 anos, concluindo que comer chocolate pode prevenir doenças cardíacas. Aqueles que comiam chocolate (30g) uma vez por semana tinham 17% menos chance de ter fibrilação atrial (forma mais comum de arritmia cardíaca). O Karolinska Institutet, da Suécia, concluiu que as mulheres que comeram por volta de duas barras de chocolate por semana (média de 60 gramas) estavam até 20% mais protegidas contra derrames em comparação com aquelas que não comeram o doce.
Doenças cardiovasculares são reduzidas devido aos flavonoides, que melhoram também o fluxo sanguíneo, diminuem a pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares, melhorando também os níveis de colesterol total e LDL (colesterol ruim), além de estabilizar os níveis de glicose no sangue. O cacau possui catequina, que tem a função de vasodilatador, aumentando as funções cardíacas. Os antioxidantes diminuem a inflamação e o acúmulo de gordura nos vasos.
A Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluiu que pessoas saudáveis praticantes de exercícios físicos que comiam chocolate regularmente (duas vezes por semana) tendiam a ter menor IMC (índice de massa corpórea) do que quem se exercitava e comia chocolate com frequência menor. A Universidade de Kingston, na Inglaterra, estudou um grupo de ciclistas que comeram chocolate e melhoraram o desempenho durante a prática de exercícios. Isso porque o consumo do doce melhora o fluxo sanguíneo, eleva a oxigenação dos músculos e, consequentemente, melhora a performance durante o treino.
O cacau é fonte de nutrientes importantes para a boa função do coração, como o magnésio e os polifenóis, que ajudam no controle da pressão arterial. Segundo estudos da Universidade de Cambridge, comer chocolate reduz em 37% os riscos de ter uma doença do coração e em 29% as chances de ter um AVC (acidente vascular cerebral).
A cafeína presente no chocolate pode estimular a atenção, a concentração, a memória, o processamento de informações visuais e o desempenho mental geral. Novamente, os responsáveis por esse efeito são os flavonoides, compostos presentes no cacau que possuem ação antioxidante e favorecem a absorção de vitaminas.
Entre as pessoas mais velhas, especialmente aquelas que já apresentam problemas cognitivos, o consumo a longo prazo de chocolate melhorou a atenção, o raciocínio, a memória de curto prazo e a dicção. Ainda de acordo com a pesquisa, o cacau também ajudou a minimizar os efeitos que a falta de sono pode ter no cérebro das mulheres.
O chocolate reduz os níveis de cortisol, o hormônio que causa estresse. O Centro de Pesquisas Nestlé, em Lausanne, na Suíça, estudou o consumo diário de chocolate e o nível do hormônio cortisol. Os cientistas concluíram que o nível de cortisol baixou consideravelmente em todos os participantes. Esse é um dos efeitos mais procurados ao comer chocolate nos dias tristes, durante a TPM (tensão pré-menstrual) e em episódios relacionados com a baixa concentração de serotonina no organismo. O chocolate libera endorfinas, que melhoram o humor e a ansiedade, combatendo a depressão e o desânimo.
Além disso, teobromina, feniletilamina, fenilalanina e tirosina, substâncias presentes no doce, reforçam a sensação de bem-estar e fornecem energia, aumentando a disposição geral.
O cacau é fonte de nutrientes como magnésio e triptofano, que estimulam o organismo a produzir serotonina, dopamina e endorfina, neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer, bem-estar, relaxamento e disposição. Como contém cafeína, comer uma porção de chocolate amargo após o almoço é ótimo para melhorar a disposição. Chocolate amargo contém cafeína, que estimula o sistema nervoso central e resulta em melhora de cognição e atenção.
Os flavonoides presentes no chocolate são compostos antioxidantes, que atuam neutralizando a ação dos radicais livres no nosso corpo, que estão associados ao envelhecimento das células e ao câncer. Funcionam como anti-inflamatórios, melhorando a imunidade, prevenindo contra o câncer e diminuindo o risco de Alzheimer.
Cacau é fonte de energia e contém vitaminas, minerais, gorduras de boa qualidade e compostos fenólicos, grupo de antioxidantes que previnem o envelhecimento celular. Banhos de ofurô e máscaras feitas de cacau são ótimos hidratantes. O doce também é usado em cosméticos com efeito regenerador, antirrugas e antienvelhecimento.
Produzido por meio de uma mistura de manteiga de cacau com leite e açúcar e não possuindo massa de cacau, o chocolate branco não contém os benefícios do tradicional, do amargo ou do meio-amargo. É rico em gordura saturada e ainda mais calórico. Contém aditivos alimentares, tais como corantes e conservantes; e, se consumido em excesso, contribui para hipersensibilidade alimentar e para o déficit de atenção, como hiperatividade.
É recomendado, em média, o consumo de 25 gramas por dia, o equivalente a uma barra pequena ou dois bombons, ou seja, sem exageros para que os benefícios não se tornem malefícios devido ao consumo exagerado da iguaria. Ao utilizá-lo no preparo de trufas, bolos e outros doces, atente: o número de gorduras e calorias aumenta, e o chocolate pode perder os nutrientes, caso seja muito aquecido.