Choques de consequências imprevisíveis devem ter um efeito devastador na corrida ao Buriti. Serão provocados pelos eletricitários, inconformados com as coisas ruins que estão à sua volta, e que levam a grande maioria a banhar-se, quando muito, na Prainha do Paranoá ou na Água Mineral. Motivos para essa revolta não faltam. Dois exemplos são os todo-poderosos dirigentes do que restou da antiga CEB, como Eduardo Roriz e Edison Garcia – este, visto na foto, acumula as funções de presidente da CEB e de conselheiro de administração da Neoenergia, justamente a empresa que ficou com a cereja do bolo após a privatização. Garcia não consegue esquecer de seus tempos de comodoro do Iate Clube de Brasília (também reduto de Roriz), uma vez que, ainda acostumado a mandar e desmandar, ao analisar os currículos de seus assessores, supostamente adota como critério maior para contratação o fato de serem associados àquele clube. Nesse rol, figuram sobrenomes conhecidos da sociedade. Do RH ao Marketing, passando pelas bandejas de café, todo mundo veio do Iate. Firmes no controle do timão, os dois comandam tudo com mão de ferro e disciplina corsária: pisou na bola, vai andar na prancha!