Como diria Jorge Benjor (chove chuva, chove sem parar) quando se inicia o período chuvoso em nosso quadradinho, fica tudo mais complicado, provocando a nós, reles mortais, inúmeros problemas. Verdadeiros temporais, inclusive com granizo pontual, buracos no asfalto, engarrafamentos no trânsito causados pelo tempo ruim.., mas, apesar disso, precisamos dessa água que cai dos céus, para nos dar ajudar no cultivo da lavoura porque, sem alimentos, não estaríamos nesse chão ‘abençoado por Deus, e bonito por natureza’.
O certo é que em Brasília, a chegada da chuva é um evento aguardado com expectativa, especialmente durante os meses mais secos. As primeiras gotas rompem a monotonia da paisagem árida, dando vida ao cerrado que muitas vezes parece sedento por água. As ruas empoeiradas recebem um alívio bem-vindo, enquanto os habitantes testemunham a transformação da cidade.
O som das gotas de chuva dançando nos telhados ecoa pelas quadras, criando uma sinfonia natural que contrasta com a usual serenidade do Planalto Central. As árvores, que por vezes parecem desafiadoramente resistentes à seca, agora exibem folhas revitalizadas, trazendo um verde vibrante à paisagem. As aves celebram o retorno da umidade, preenchendo o ar com seus cantos alegres.
Nos espaços públicos, as pessoas se abrigam sob marquises improvisadas, trocam sorrisos e compartilham o sentimento coletivo de renovação. As crianças aproveitam as poças d’água, criando pequenos barcos improvisados, enquanto os adultos contemplam o espetáculo da chuva, apreciando o frescor que ela traz consigo.
Brasília, conhecida por sua arquitetura única, parece ganhar uma nova perspectiva sob a chuva. Os monumentos modernistas contrastam com as gotas que escorrem por suas superfícies, revelando uma beleza única e fugaz. É como se a cidade, por um breve momento, se permitisse um suspiro de alívio antes de retomar sua rotina ávida pelo sol.
No entanto, a chuva em Brasília também traz consigo desafios. As ruas podem se transformar em riachos temporários, testando a infraestrutura da cidade. Mas mesmo diante desses desafios, a chuva é acolhida como uma bênção, renovando a esperança de dias mais frescos e coloridos na capital do Brasil.
Mas, voltando a Jorge Benjor, “hoje vou fazer uma prece pra Deus, Nosso Senhor… pra chuva parar de molhar o meu divino amor…”
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