Para marcar os 58 anos de Sobradinho, estão previstas ações de cidadania, lazer e arte para a comunidade até o fim deste mês. No dia do aniversário, 13 de maio, haverá o corte do bolo no estacionamento da quadra 8, das 8 às 12 horas.
Na sexta-feira (11), o dia começará com o tradicional desfile cívico no mesmo local. Na parte da tarde, uma sessão solene pelo aniversário da região ocorrerá no Teatro de Sobradinho.
Para fechar o dia, a partir das 19 horas, será aberta à visitação pública a exposição dos trabalhos de artistas locais no espaço da Galeria Van Gogh.
Sobradinho foi fundada em 13 de maio de 1960, com o intuito de abrigar a população que vivia nos acampamentos de empreiteiras e funcionários de órgãos públicos que vieram para a construção da nova capital do País.
O começo – A partir de março de 1960, cerca de 30 famílias eram transferidas diariamente para a cidade. Ao final do ano, a região já abrigava mais de 8 mil famílias. Mais tarde, a área foi adensada por moradores que compraram lotes regularizados.
Em 1964, por meio da Lei nº 4.545, de 10 de dezembro de 1965, Sobradinho tornou-se a Região Administrativa V, e o Decreto nº 11.921 fixou os limites territoriais.
De acordo com informações da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), de 2015, da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), a população urbana de Sobradinho é estimada em 68.551 habitantes.
Desse total, 49% estão na faixa etária de 25 a 59 anos. As crianças de zero a 14 anos representam 18%, e os idosos, 18%. As atividades da região são predominantemente de comércio (34%).
Sobradinho está a 22 km do Plano Piloto e é privilegiada por uma paisagem diversificada, cachoeiras e belezas naturais. A região é única no DF localizada em uma serra, o que lhe confere um ar peculiar.
Por essas características, pôde desenvolver atividades de ecoturismo e conta com fazendas, chácaras, haras, pousadas e hotéis, entre outros atrativos.
A cultura está enraizada em Sobradinho, conhecida como cidade-arte. Em 1963, o mestre da cultura popular e do bumba meu boi no DF, Teodoro Freire, criou a Sociedade Brasiliense de Folclore com o intuito de difundir as festas e danças dessa importante manifestação folclórica brasileiro.
A partir de 1972, a entidade passou a se chamar Centro de Tradições Populares, que se tornou palco também de outras expressões, como o tambor de crioula do Maranhão. O local funciona na Quadra 15, área especial nº 2, de segunda a sexta, das 8 às 12 horas e de 14 às 18 horas, e aos sábados, das 9 às 13 horas.
Existe também a Praça das Artes Teodoro Freire, onde acontecem shows como o projeto Arte na Praça. Entre as Feiras mais famosas estão a da Lua, a Modelo e a do Padre. O acervo inclui ainda a Galeria de Artes Vincent Van Gogh, uma Biblioteca Pública e o Teatro de Sobradinho.
Um córrego e um nome – A região administrativa foi batizada em alusão ao Córrego Sobradinho, que passa pelo local. Na versão popular, o nome surgiu da existência de um cruzeiro de madeira, erguido antes de 1850 às margens do manancial.
Nele, pássaros da espécie joão-de-barro construíram ninhos, o que atraía a atenção dos que passavam. Aquele ponto teria ficado então conhecido como Cruzeiro do Sobradinho.
A outra versão sustenta que, durante as minerações, existia um sobrado no local que servia como referência para contrabandistas de ouro, que tentavam burlar o fisco real. O governo de Portugal descobriu e construiu um posto para conter o trânsito ilegal de minério.