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LGBTQIAP+

Cidade Estrutural vive tempo de arte, cultura e saúde

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição - Foto Divulgação

O Festival Territórios Ballroom, primeiro festival LGBTQIAP+ da Cidade Estrutural, acontecerá de 17 a 20 de agosto com uma programação educativa e diversa. Com objetivo de celebrar e promover vidas, o evento tem uma programação de dança voguing, autoconhecimento, cultura Ballroom, e também com outros temas relevantes para a comunidade, como saúde sexual, prevenção, diagnóstico e tratamento HIV/AIDS na periferia. É um projeto de inclusão, acolhimento e educação por territórios de respeito à diversidade sexual.

Durante quatro dias, o festival oferecerá uma série de atividades como rodas de conversa, oficinas e balls (bailes) sobre diferentes aspectos da Cultura Ballroom e saúde. Teremos diálogos sobre capacidade transformadora da arte, consciência corporal com a dança voguing e espaços de conscientização sobre o respeito à vida de pessoas vivendo com HIV. O Territórios Ballroom vai criar um ambiente de aprendizado, diálogo e reflexão entre todes. Para finalizar a programação, serão realizadas duas balls, que são bailes de celebração e encontro de pessoas LGTBQIAP+, com competições de performances e expressões Ballroom entre os coletivos e as pessoas da cena.

Ronnalty Cordeiro, diretor artístico do festival, acredita que a realização desse festival abre portas para a comunidade LGBTQIAP+ na periferia. Afirma que essa ação traz em si a pluralidade que existe no território que sempre viveu sob o estigma do lixão, que já foi considerado um dos maiores da América Latina. “Esse acontecimento diversifica e traz à tona a pluralidade cultural da Cidade e principalmente a importância de mais iniciativas e festivais que colorem a nossa cidade e ressignificam os olhares e preconceitos sobre nossa comunidade” afirma Ronnalty.

Cultura Ballroom
A Ballroom é um movimento artístico e social que surgiu no Harlem, Nova York, no final do século XIX e se desenvolveu ao longo do século XX, como uma tecnologia de resistência e expressão da comunidade LGBTQIAP+ pelo mundo. Foi criada por pessoas pretas, trans e latinas que buscavam um lugar de acolhimento, celebração e empoderamento ao desafiar o racismo e a transfobia dos concursos de beleza da época. Além disso, diante da pandemia do HIV/AIDS na década de 80, o movimento Ballroom se intensificou, tornando-se também um espaço de conscientização e proteção contra as violências e estigmas relacionados à infecção pelo vírus.

No Brasil, a cena do DF é uma das pioneiras nacionais, mas nunca aconteceu nenhuma movimentação da cena na Cidade Estrutural. Agora, essa cidade que já foi muito estigmatizada, recebe uma experiência enriquecedora, no qual o público participante e a comunidade poderá conhecer novas expressões artísticas e compartilhar vivências, opiniões e tirar dúvidas sobre cultura e vidas LGBTQIAP+. As oficinas de dança proporcionarão o aprendizado de técnicas, movimentos e incentivarão expressões artísticas, representatividade e autoconfiança. Um lugar para aprender e trocar com as experiências de outras pessoas, ampliar conhecimentos e perspectivas.

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