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China

Cientista que criou bebê com DNA alterado pega 3 anos

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O cientista chinês que provocou polêmica mundial ao anunciar os primeiros bebês geneticamente modificados foi condenado nesta segunda-feira a três anos de prisão e ao pagamento de multa.

He Jiankui anunciou em novembro de 2018 o nascimento de gêmeas com o DNA modificado para que pudessem resistir ao vírus da aids que o pai havia contraído.

Em uma entrevista coletiva alguns dias depois em Hong Kong, o cientista declarou que estava “orgulhoso” do resultado de suas pesquisas. Mas o governo chinês, acusado de permissividade, ordenou a suspensão de suas atividades e iniciou uma investigação policial contra Jiankui.

Nesta segunda-feira, o cientista foi condenado por um tribunal da cidade de Shenzhen, onde ficava o seu laboratório, por “ter realizado ilegalmente a manipulação genética de embriões com fins reprodutivos”, informou a agência estatal Xinhua.

De acordo com a Xinhua, três bebês geneticamente modificados nasceram no projeto de Jiankui.

As autoridades chinesas anunciaram em janeiro de 2019 que outra mulher estava grávida de uma criança com o DNA modificado, além das gêmeas, mas o nascimento deste bebê não foi confirmado.

O cientista também foi condenado a pagar uma multa de três milhões de yuanes (384.000 euros).

Outras duas pessoas foram condenadas, mas a Xinhua não informou que funções elas desempenharam no processo. Zhang Renli recebeu a sentença de dois anos de prisão e terá que pagar multa de um milhão yuanes, enquanto Qin Jinzhou ficará um ano e meio em liberdade condicional e pagará multa de 500.000 yuanes.

Os dois pertencem a institutos médicos da província de Guangdong, segundo a agência. O julgamento aconteceu a portas fechadas porque o caso “afeta a vida privada”, afirmou a Xinhua.

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