O filme Avatar, dirigido por James Cameron e lançado em 2009, inspirou arqueologistas a batizarem uma nova espécie de pteurossauro revelada em uma pesquisa publicada nesta quinta-feira na Scientific Reports, parte do grupo Nature.
O Ikrandraco avatar, um réptil voador que viveu há 120 milhões de anos, junto dos dinossauros, foi descoberto pelos brasileiros Alexander Kellner (Museu Nacional do Rio de Janeiro) e Taissa Rodrigues (Universidade Federal do Rio de Janeiro), além dos chineses Xiaolin Wang, Shunxing Jiang e Xin Cheng.
Encontrados na Formação Jiufotang, na província chinesa de Liaoning, os fósseis mostram que o Ikrandranco tinha 70 centímetros, mas uma envergadura de 2,5 metros. Mas as surpresas não pararam aí. Os pesquisadores se depararam com uma crista embaixo da mandíbula, e uma formação óssea na mesma região que se assemelha a um gancho.
As pesquisas mostraram que a estrutura ajudava o animal, muito semelhante aos dragões usados em Pandora na obra cinematográfica, a se alimentar. Ele, supostamente, colocava a crista na água durante a caçada para poder manobrar durante o voo e capturar o alimento.
Os pterossauros representam um importante grupo dos répteis do período Mesozóico. Apesar de serem representados em todos os continentes seu registro fóssil é muito desigual. Apenas alguns restos são completos e bem preservados.