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Cientistas criam Inteligência Artificial que pensa como bebês

Cientistas do laboratório de pesquisa de Inteligência Atificial de DeepMind criaram um sistema de IA que tem um padrão de pensamento semelhante ao de bebês humanos.

O sistema é apelidado de Plato, abreviação de Physics Learning through Auto-encoding and Tracking Objects. Foi programado com a ajuda de uma série de vídeos codificados que representam os conhecimentos básicos que os bebês apresentam nos primeiros meses de vida.

“Felizmente para nós, os psicólogos do desenvolvimento passaram décadas estudando o que os bebês sabem sobre o mundo físico e catalogando os diferentes ingredientes ou conceitos que entram na compreensão física”, diz o neurocientista Luis Piloto, citado pelo Science Alert.

Os cientistas se concentraram em três conceitos-chave que aprendemos no início de nossas vidas: permanência (o que significa que os objetos não devem desaparecer de repente), solidez (objetos sólidos não podem passar uns pelos outros) e continuidade (os objetos têm seu lugar no espaço e Tempo). A equipe integrou dois conceitos adicionais ao conjunto de dados do sistema de IA: imutabilidade e inércia direcional.

Após ser treinado com o conjunto de dados, o Plato “agiria surpreso” quando apresentado a um cenário que não se enquadrasse nas leis da física que o sistema acabou de aprender.

“Nosso modelo baseado em objetos exibiu efeitos robustos de VoE [violação de expectativas] em todos os cinco conceitos que estudamos, apesar de ter sido treinado em dados de vídeo nos quais os eventos específicos da sonda não ocorreram”, diz o estudo.

Embora o Plato ainda precise de treinamento adicional para ser totalmente comparável com bebês de três anos, os cientistas concluíram que seu modelo “pode aprender um conjunto diversificado de conceitos físicos, que dependem criticamente de representações em nível de objeto, consistentes com descobertas da psicologia do desenvolvimento”.

As novas descobertas não apenas marcam outro pequeno passo no desenvolvimento da IA, mas também podem fornecer informações adicionais sobre a cognição humana e como ela funciona e evolui, acreditam os cientistas.

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