Como diria Raul Gil, para essa ciranda todos tiram o chapéu. Também, não é para menos. A música, uma parceria de Antônio Nóbrega e Wilson Freire, é o o mais novo sucesso das plataformas digitais, aplicativos e redes sociais.
O alvo é o neofascismo que invade o mundo – com muitos extremistas se agrupando neste Brasil que ainda tem salvação. Basta que todos se deem as mãos numa onda que vai, numa onda que vem gritando por liberdade e democracia.
Virou clipe nas vozes de Gilberto Gil, Chico César, Monica Salmaso “e um monte de gente incrível”, conta um entusiasmado Antônio Nóbrega. É uma sonoridade que toca a alma, acentua um crítico de arte.
Veja a letra a seguir, e ouça o vídeo-clipe
Ninguém solta a mão de ninguém
Uma onda diz vai, vai
Outra onde diz vem, vem
E de mãos dadas vão e voltam
Ninguém solta a mão de ninguém
Nossa ciranda, da maré é um movimento
Em tempos de isolamento a ciranda vai rodar
E vai fazer entre nós mais uma ponte
Alargando o horizonte, dos sertões até o mar
Demos as mãos, nesta roda virtual
A ciranda contra o mal, ela não pode parar
Pois de mãos dadas a corrente não se parte
Contra o ódio, viva a arte, nossa voz não vão calar
Nossa ciranda, une os republicanos
Contra todos os tiranos que estão a governar
É uma aliança entre as forças progressistas
Contra os nazifascistas que voltaram a se agrupar
E faz trincheira com os povos da floresta
Defendendo o resta, da fauna, flora e de ar
Contra o garimpo, que faz mata virar pasto
Agronegócio nefasto, que só pensa em lucrar
Nossa ciranda quer Congresso funcionando
STF julgando, cada qual no seu lugar
Sem ditadores, cala-boca, sem censura
Calabouço, sem tortura, sem exílio além-mar
Ela é maior que as muralhas lá da China
Do Wua-wuá à Conchinchina ela vai se alastrar
Como a ração, desses de tarrafa e rede
Arrastando a fome e a sede para além do lado de lá
Nossa ciranda faz a onda, faz um laço
E no mundo dá um abraço, e abraçada vai lutar
Contra o racismo, flagelo da humanidade
Pela luz, fraternidade, pelo mundo vai rodar
Dança no passo, da ciência pro futuro
Não dá mão ao obscuro, aos que negam o benvirá
E essa dança que nasceu em uma praia
Ganha o mundo, se espalha, está em todo lugar