O candidato do PDT ao Palácio do Planalto Ciro Gomes, afirmou que, caso eleito, retomará 14 mil obras paradas no país. Ciro referiu-se, principalmente, a obras interrompidas a cerca de 20% de sua conclusão. O pedetista defendeu retomar essas obras com verba de impostos arrecadados. Para isso, ele propõe reduzir a quantidade de renúncias fiscais vigentes hoje.
“O dinheiro [para as obras] virá de um conjunto de providências. Mas a mais óbvia, num primeiro momento, é cortar 20% de todas as renúncias fiscais. Hoje o Brasil dispensa de pagar imposto, por uma série de privilégios inexplicáveis, R$ 350 bilhões por ano. Se eu corto 20%, eu tenho R$ 70 bilhões, recurso suficiente para, em um ano, fazer uma grande virada nesse jogo”, disse Ciro.
As renúncias fiscais, contestadas por Ciro, são benefícios que o governo concede para diferentes setores da economia, abrindo mão de receber parte dos impostos desses setores. Na prática, é uma decisão do governo para reduzir encargos de empresas e, assim, estimular seus investimentos no mercado interno, geração de empregos ou até mesmo frear cortes de pessoal.
Ele falou a jornalistas após um encontro com representantes da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em seu comitê de campanha em São Paulo. Na estimativa de Ciro, retomar essas obras vai aquecer a economia, gerar 5 milhões de empregos em dois anos, além dos benefícios que a própria conclusão das obras trará. Segundo ele, existe um efeito não só em emprego, mas em qualidade de vida. “Por exemplo, você termina uma obra de saneamento básico”.