O Hospital DF Star, da Rede D’Or São Luiz, realizou a primeira radioembolização hepática com Ítrio-90 do Centro-Oeste. O procedimento é utilizado para tratamento de tumores hepáticos, como câncer de fígado primário (hepatocarcinoma) e metástases hepáticas como tumores colorretais. A intervenção cirúrgica foi realizada pela equipe de radiologia intervencionista, em conjunto com a equipe de medicina nuclear, representada pelo médico nuclear Leonardo Fonseca, duas equipes de fundamental importância para o procedimento.
De acordo com o radiologista intervencionista Mateus Saldanha Cardoso, a intervenção é uma opção terapêutica especialmente útil em casos de tumores inoperáveis, visando o controle local do tumor, redução do seu tamanho e alívio de sintomas. “Também pode ser utilizada como terapia neoadjuvante antes de cirurgia ou transplante hepático, além de ser uma opção de tratamento paliativo para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A decisão de indicar a radioembolização é feita com base na avaliação individual de cada paciente, considerando o estágio do tumor, saúde geral e função hepática”, explica Mateus.
O procedimento foi realizado em um paciente do sexo masculino, de 70 anos de idade, com tumor de cólon operado, já submetido anteriormente à quimioterapia e cirurgia hepática, que evoluiu com surgimento de novas lesões no fígado. Antes da radioembolização, é feito um estudo vascular do fígado, para verificar possíveis comunicações com outros órgãos. Após a avaliação, o paciente recebe anestesia local e um cateter é inserido na artéria da virilha, sendo guiado até as artérias hepáticas que alimentam o tumor. Em seguida, microesferas radioativas são administradas diretamente nas artérias que suprem o tumor, liberando radiação localmente e danificando as células cancerígenas.
Segundo o radiologista intervencionista, além da radioembolização ser um tratamento inovador para tumores hepáticos, é especialmente útil para tumores inoperáveis e pode ser combinada com outras terapias para aumentar sua eficácia. “É uma opção de tratamento promissora que visa reduzir o tamanho do tumor e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma Mateus Saldanha Cardoso.
A radioembolização exige uma equipe multidisciplinar, com conhecimentos avançados em radiologia intervencionista, oncologia e medicina nuclear, composta por intervencionistas, oncologistas, médicos nucleares, radiologistas e outros profissionais de saúde que desempenham um papel fundamental na seleção adequada dos pacientes, no planejamento do procedimento e no acompanhamento pós-tratamento.
No Hospital DF Star, o procedimento foi realizado pela equipe composta pelo médico nuclear Leonardo Fonseca Monteiro do Prado, a oncologista Marcela Crosara, a hepatologista Liliane Mendes, o radiologista Felipe Ireno e os radiologistas intervencionistas Fabrício Mascarenhas, Cândido de Paula, Matheus Veloso, Grace Helena Gadelha e Mateus Saldanha Cardoso.
O paciente recebeu alta hospitalar no dia seguinte ao procedimento.