Uma mulher de 29 anos está há uma semana algemada a uma cadeira no corredor de uma delegacia de polícia no Maranhão. Clenúbia de Souza foi presa com o marido por tráfico de drogas no dia 19 de fevereiro.
Ele foi levado para uma cela e ela ficou algemada no banco da delegacia de Codó porque no lugar não há cela feminina. A mulher só sai para ir ao banheiro e dorme no chão, sempre algemada.
Na região, as presas eram levadas para a cadeia vizinha de Coroatá, que foi incendiada por presos há um ano e nunca foi recuperada.
“Nós estamos esperando abrir uma vaga em São Luís para transferir essa senhora”, justificou o delegado Rômulo Vasconcelos. Em São Luís, onde fica o presídio feminino mais perto de Codó, a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária afirmou que vaga não é problema.
A penitenciária que fica no complexo de Pedrinhas não está superlotada e tem quase 70 vagas disponíveis.
Recentemente, o Estado do Maranhão enfrentou uma crise dentro e fora do sistema carcerário que teve como principal foco o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, 59 detentos foram mortos no presídio somente em 2013, o que revelou uma falta de controle no local. A situação desencadeou ataques a ônibus na capital São Luís, que teriam sido ordenados de dentro do presídio.