Alívio em Águas Claras. Mais precisamente para os moradores e vizinhos do Majestic, onde uma jiboia fujona estava desaparecida desde a semana passada. Na noite desta segunda, 15, finalmente o réptil foi apreendido em meio ao mato de uma quadra de esportes.
A serpente é uma jiboia arco-íris e apareceu no quarto de um adolescente de 16 anos enquanto ele estudava, no 23º andar do prédio.
Os policiais foram chamados na última quinta-feira (11) e desde então mantiveram uma equipe 24 horas de plantão no prédio para tentar capturar a cobra, que pertencia a um morador do 28º andar do prédio. O rapaz não tinha autorização legal para manter um animal silvestre em ambiente doméstico.
Segundo a polícia, a cobra se deslocou de um apartamento para outro por meio de dutos da estrutura hidráulica que tem saída no banheiro e pode ter fugido pelo mesmo local. Depois de analisar a estrutura hidráulica e elétrica do prédio, a polícia instalou armadilhas entre o 15º e o 26º andares para atrair a cobra.
A serpente tem 1,5m de comprimento, pode viver até 30 anos, não é venenosa e mata por constricção (aperta e sufoca a vítima). Apesar de não ser venenosa, sua mordida pode causar infecção séria devido à alta carga de bactérias. Ela era criada no apartamento há um ano e meio, alimentada por ratos congelados e convivia com dois cachorros na mesma residência e não há relato de nenhum ataque da cobra.
O rapaz que criava a cobra vai responder por crime ambiental previsto na Lei 9605, por manter em cativeiro ou depósito animal silvestre sem a devida permissão da autoridade competente. A penalidade criminal é de detenção de seis meses a um ano ou multa de R$ 500,00 a R$ 5 mil.
A polícia ambiental fez o termo circunstanciado de ocorrência do dono da serpente e acionou o Ministério Público, que pode chamar o rapaz para que ele justifique por que mantinha o animal sem licença e em desacordo com a lei. Ele pode ainda cumprir pena alternativa de prestação de serviços à comunidade.
A polícia teve que impedir que moradores agredissem o dono da cobra. Também em Águas Claras, uma cornsnake (cobra-do-milho) ficou desaparecida em um prédio por sete dias. Foi em 2012.