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Cobra Grande mostra luta de índios contra brancos

Pauta fotográfica no Museu de Arte Moderna de SP - MAM. Exposição O impressionismo e o Brasil. Data: 27/07/2017 Local: São Paulo/SP Foto: Daniel Guimarães/A2IMG

Cobra Grande, obra do artista Frederico Filippi, ganhou vida neste fim de semana no Jardim das Esculturas do Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, no Parque Ibirapuera. A iniciativa faz parte das comemorações de 30 anos do espaço no museu, que serão completados em 2023.

A nova obra, no Jardim de Esculturas, trata da derrubada das matas: tem o formato de uma grande corrente, dispositivo utilizado como técnica de desflorestamento ostensivo. Cobra Grande é uma réplica em tamanho real dessa corrente, que se liga a dois tratores em suas extremidades, destruindo a vegetação de maneira rápida e brusca.

“O trabalho de Frederico Filippi, a partir do barro, matéria retirada da terra e que para ela voltará, nos permite refletir sobre as técnicas perversas de desmatamento atualmente praticadas. No momento crítico em que o planeta Terra se encontra, na perspectiva da crise ambiental, a obra contribui para chamar a atenção para uma questão urgente e fundamental”, destaca o curador-chefe do MAM São Paulo, Cauê Alves.

Paralelamente à inauguração de Cobra Grande, guerreiros do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Jaraguá, na zona oeste da capital paulista, realizaram, na marquise do MAM, o ritual Xondaro, um treinamento que os antigos indígenas faziam para aprimorar os reflexos e a resistência, uma dança para aprender a lutar e uma preparação para a guerra, a fim de proteger o povo Guarani dos ataques dos juruá (homem branco).

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