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Coldplay faz muita gente cantar, sorrir e amar (e até casar) no Allianz Parque

Pedro Antunes

Chris Martin tem uma missão: fazer você se sentir alegre, leve. De repente, arrancar um sorriso do seu rosto, ao final de uma apresentação do Coldplay.

São mais de 20 músicas, em um show da banda cujo objetivo é provocar um tipo de euforia que só canções pop são capazes de produzir. Assim, Martin e companhia repetiram o roteiro da turnê do mais recente e festivo disco A Head Full of Dreams, lançado no ano passado, na noite desta quinta-feira, 7, em São Paulo, no estádio Allianz Park, na zona oeste da cidade.

Tudo ali é feito para provocar esse sentimento. Todo o palco do Coldplay é colorido, como uma grande festa das cores. As canções evocam essa alegria que está alojada, às vezes presa, e a libertam de uma forma que é impossível ficar indiferente. A atmosfera comove. São 45 mil pessoas, a grande maioria com pulseiras que acendem com cores diferentes, de acordo com cada canção, criando um mosaico de luz que preenche o estádio, na pista e nas arquibancadas.

Impossível ficar indiferente a isso. E Martin sabe como atuar diante de um público assim. Promove sua “farofa do amor”, uma espécie de micareta da positividade, sem axé, que arrebata os presentes. Mesmo canções da fase melancólica da banda (quando o público era mirrado e a crítica adorava o Coldplay) são levadas ao estado máximo da alegria. Assim vieram e foram Yellow, The Scientist, Fix You e Trouble, canções que comoviam pela melancolia de Martin, mas que na roupagem ao vivo vibram ternura

Desde X&Y, o Coldplay assumiu a felicidade e a alegria. Sem medo. E isso vinha diretamente da felicidade de Martin, casado com Gwyneth Paltrow, com quem teve dois filhos. O músico passou por um ano de depressão quando ela o deixou, no ano retrasado, mas preferiu abraçar a positividade. Assim, grande parte das canções do show vêm de A Head Full of Dreams, álbum mais recente da trupe.

Até gritos contra a presidente Dilma Rousseff foram abafados por vibrações da plateia. A positividade imperava. E o amor foi exposto com dois pedidos de casamento que aconteceram sobre o palco, com casais chamados por Martin. No fim, o amor venceu.

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