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Colégio pH antecipa férias após registrar mais de 40 casos de caxumba

As férias escolares do Colégio pH da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foram antecipadas para esta quinta-feira, devido aos casos suspeitos de caxumba na unidade escolar. De acordo com O Globo, os alunos foram liberados por volta das 10h30m. A data prevista era para o próximo dia 17. Um cartaz foi afixado na entrada do colégio com o aviso. A fisioterapeuta Alessandra Abati, de 42 anos, foi buscar o filho, que está no 5º ano do ensino fundamental, e ficou sabendo da antecipação da férias no local.

— Eu acho desnecessário. A caxumba é uma coisa séria, afinal é uma doença, mas as crianças tem contato com outras pessoas em vários outros lugares, como shopping. E também estava próximo do fim do semestre letivo — contou Alessandra.

“Em virtude de termos casos de alunos com suspeita de caxumba na unidade Barra II, os quais não vêm frequentando as aulas, decidimos encerrar antecipadamente o semestre letivo das unidades Barra II e III. Desta forma, estamos também aceitando a sugestão de responsáveis dos demais alunos, que nos pediram tal medida, de forma a ficarem mais tranquilos, por conta dos casos da doença na região”, diz trecho do cartaz.

No aviso, a diretoria do colégio diz que está em contato com profissionais da 24ª RA (Serviço de Vigilância em Saúde de CMS Harvey Ribeiro de Souza Filho) para agendar uma visita da equipe à unidade Barra II para avaliação e atualização das cadernetas de vacinas nos casos indicados.

A direção informou ainda que, no caso dos alunos do ensino fundamental e do 1º e 2º anos do ensino médio, as provas do 2º semestre ocorrerão normalmente na segunda semana de aulas após o recesso, de 10 a 14 de agosto, na mesma ordem do calendário original.

No colégio pH, foram registrados 44 casos de caxumba, o que levou a instituição a orientar os estudantes a procurarem o posto de saúde da região. Na última terça-feira, uma estudante de 14 anos, que cursava o 1º ano do ensino médio, morreu de encefalite. A Secretaria municipal de Saúde investiga se a adolescente estava com caxumba. O resultado do exame de sorologia para detectar a doença ainda não saiu. Em nota, a escola afirmou que não houve qualquer sintomatologia que relacionasse o caso da aluna com a doença.

A adolescente ficou 11 dias internada e, ao dar entrada no hospital, foi diagnosticada com sintomas de dengue. Nesta quarta-feira, em sinal de luto, alunos do pH foram para o colégio vestindo preto. Este ano, já foram feitos 606 registros de caxumba no estado, número que supera o total contabilizado nos 12 meses de 2014 (561).

A secretaria também está investigando se o aumento do número de casos foi causado por falhas na cobertura vacinal. O mais grave é que já ocorreram 66 surtos no estado. Um surto é caracterizado por uma quantidade de casos acima da média num só local, como uma creche ou escola. Apesar do aumento das notificações, a secretaria garante que não há evidências de epidemia.

No município do Rio, pais de alunos de escolas da Barra e da Zona Sul já estão assustados com a incidência da doença. Na última terça-feira, a direção do Colégio Andrews, no Humaitá, enviou uma circular às famílias, comunicando a ocorrência de seis casos. Já o Colégio Santo Inácio, em Botafogo, teve em torno de dez registros desde abril.

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