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Collor, hoje aliado do Planalto, recebeu 8 milhões do Petrolão

Fernando Collor recebeu 3 milhões de dólares (pouco mais de oito milhões de reais, ao câmbio do dia) do dinheiro desviado da Petrobras em forma de propina. Quem diz é o doleiro Alberto Youssef, um dos principais personagens do Petrolão. A declaração consta de um dos depoimentos prestados na delação premiada que investiga o maior escândalo da política brasileira.

Youssef disse a procuradores que Collor, ex-presidente da República, hoje senador pelo PTB alagoano e um forte aliado do Pàlácio do Planalto, recebeu o dinheiro como resultado de um negócio da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com uma rede de postos de gasolina.

O intermediário da  transação, revela a Folha de S.Paulo desta terça-feira 24, teria sido Pedro Paulo Leoni Ramos, dono da GPI Participações e Investimentos e um velho amigo de Collor. Enquanto esteve no Palácio do Planalto, Collor teve Leoni Ramos como secretário de Assuntos Estratégicos.

O negócio, segundo a denúncia de Youssef, envolvia a troca de bandeira de uma rede de postos. Collor teria ficado com 1% dos R$ 300 milhões em que estava avaliado o negócio. O dinheiro foi arrecadado nos postos e repassado a Leoni em dinheiro vivo, o que impede o rastreamento.

O PTB, partido do qual Collor é líder no Senado, mantinha dois diretores na BR Distribuidora: José Zonis, na área de Operações e Logística, e Luiz Claudio Caseira Sanches, na Diretoria de Rede de Postos de Serviço. O pagamento, segundo Yussef, foi feito por um de seus emissários: Rafael Àngulo Lopes.

A exemplo de Alberto Youssef, Leoni Ramos é um dos investigados da Operação Lava-Jato justamente em razão de “negócios” feitos com o doleiro.

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