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9 bilhões

Colômbia vem com o pires na mão pedir dinheiro ao Brasil

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Andreia Verdélio/Via ABr - Foto Antônio Cruz

O presidente da Colômbia, Iván Duque, disse nesta terça (19) que espera cerca de US$ 1,4 bilhão (cerca de 7 bilhões de reais) de investimentos privados do Brasil no país vizinho, em diversas áreas. Os compromissos foram firmados durante encontro, em São Paulo, como mais de 60 empresários brasileiros. Segundo Duque, o valor pode superar US$ 2,4 bilhões se agregados investimentos em infraestrutura.

“Há uma grande relação comercial e de investimento que queremos seguir fortalecendo”, disse Duque em declaração à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília. O colombiano se reuniu, na manhã desta terça-feira, com o presidente Jair Bolsonaro para tratar de diferentes temas da agenda bilateral entre os dois países.

Durante o encontro foram assinados acordos e memorandos de entendimento nas áreas de serviços aéreos, agricultura, pesquisa e desenvolvimento, meio ambiente e saneamento, segurança e cooperação fronteiriça, comércio e investimentos e serviços de aprendizagem profissional.

A Colômbia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na América Latina, com um intercâmbio bilateral de US$ 3,6 bilhões em 2020. Nos oito primeiros meses de 2021, a corrente de comércio entre os dois países alcançou crescimento de quase 50% em relação ao ano anterior e, de acordo com o Itamaraty, poderá encerrar o ano em patamares superiores aos registrados antes da pandemia.

Amazônia
Tanto Bolsonaro quanto Duque destacaram o interesse comum na preservação da Amazônia e eles querem levar o tema para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP26), prevista para novembro, em Glasgow, na Escócia.

“A Amazônia, para nós, é território valioso e a cuidamos dentro da nossa soberania. É importante que essa defesa traga consigo uma luta eficaz contra os crimes ambientais”, afirmou Duque.

Para o presidente colombiano, é preciso deixar registrada, durante a COP26, a disposição dos países da região de proteger esse território, destacando a capacidade da floresta em retirar carbono da atmosfera.

“Uma reafirmação que a nossa voz não é somente pela transição energética e redução de emissões [de gases de efeito estufa], mas também de alcançar a neutralidade de carbono com a proteção das florestas tropicais e da Amazônia”, disse o presidente da Colômbia.

Aquecimento global
O Acordo de Paris, que será discutido na conferência em Glasgow, foi firmado durante a COP21, em 2015, na França. No documento, resultado de mais de 20 anos de negociação, as nações definiram objetivos de longo prazo para limitar o aquecimento da temperatura global em níveis abaixo de dois graus Celsius, se possível a 1,5 grau, até o final deste século.

Para isso, cada país definiu suas metas de redução de emissões e de alcançar a neutralidade. A neutralidade de carbono (ou emissões líquidas zero) é atingida quando todas as emissões de gases de efeito estufa que são causadas pelo homem alcançam o equilíbrio com a remoção desses gases da atmosfera, que acontece, por exemplo, restaurando florestas. Isso significa também mudar a matriz energética para fontes sustentáveis que não dependem de queima de combustíveis fósseis, em setores como transporte, geração de energia e na indústria.

Para outras fontes, a cada tonelada de gás carbônico emitida, uma tonelada deve ser compensada com medidas de proteção climática, com o plantio de árvores, por exemplo. Entre os principais temas a serem debatidos na COP26 estão o mercado de carbono e os procedimentos financeiros para alcançar a redução das emissões.

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