João Abel
Aquele móvel antigo herdado da família, o restinho de tinta que sobrou de alguma reforma e um pouco de disposição. Não é preciso muito mais do que isso para acrescentar um pouco mais de cor ao cenário da casa. “A restauração é um processo manual e pode ser aplicada a qualquer peça”, diz Jeferson Maximo, técnico de laboratório do Istituto Europeo di Design (IED).
“Há uma redução do impacto ambiental e a decoração ganha mais personalidade”, acredita o designer argentino Christian Ullmann. Para o especialista, decorar com móveis renovados é uma maneira de quebrar a uniformidade da casa e conferir ao mobiliário uma atmosfera intimista, quando é feito pelo próprio morador. “É também uma forma de reunir as pessoas. Todos acabam dando um palpite sobre como o móvel deve ficar, acaba gerando uma interação”, acrescenta.
Maximo ressalta, entretanto, que é preciso depreender tempo e se atentar aos detalhes do processo, que nem sempre se finaliza em algumas horas, especialmente em móveis maiores e mais desgastados. “Madeiras mais claras e de superfície lisa aceitam melhor a tinta. Em outras é preciso muitas demãos”, afirma.