Os depósitos em poupança superaram os saques em R$ 3,223 bilhões em junho, segundo dados divulgados nesta segunda 7 pelo Banco Central (BC). Essa foi a menor captação líquida (depósitos maiores que retiradas) registrada no mês de junho desde 2011, quando foi registrada R$ 220,427 milhões. Em junho do ano passado, a captação foi a maior para o período (R$ 9,451 bilhões) registrada na série do BC, iniciada em 1995.
No primeiro semestre, os depósitos foram maiores que as retiradas em R$ 9,614 bilhões, 66% menor dos que os R$ 28,273 bilhões registrados em igual período de 2013.
No mês passado, os depósitos ficaram em R$ 130,630 bilhões e os saques, em R$ 127,406 bilhões. Foram creditados R$ 3,420 bilhões de rendimentos. O saldo da poupança alcançou R$ 626,970 bilhões, dos quais R$ 490,241 bilhões são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 136,729 bilhões da poupança rural.
Pela regra atual, com a taxa básica de juros, a Selic, acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a Taxa Referencial (TR), tipo de taxa variável. Essa fórmula está em vigor desde agosto do ano passado, quando a Selic foi reajustada para 9% ao ano. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR. Atualmente, a Selic está em 11% ao ano.
A fórmula só vale para o dinheiro depositado na poupança a partir de 4 de maio de 2012. Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5% ao mês mais a TR. Os demais direitos de quem aplica na caderneta foram mantidos, como a isenção de taxa de administração e de impostos.
Kelly Oliveira, Br