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Com ajuda privada, programa Operação Méier Presente reduz em 28% roubos de rua

Lucas Gayoso

Dez horas da manhã na Praça Agripino Grieco, no Méier. Enquanto senhores jogam dominó, um grupo de 15 agentes da Operação Méier Presente recebem orientações para mais um dia de patrulhamento. “Precisamos focar na prevenção”, enfatiza o comandante. A rotina se repete desde dezembro do ano passado, quando a operação começou. De lá para cá, lojistas e moradores garantem que a sensação de segurança aumentou na região.

As estatísticas confiram a impressão dos moradores. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), o número de roubos e furtos registrados na 23ª DP (Méier) caíram 28% em fevereiro, na comparação com igual período do ano passado (de 420 para 326). Até a semana passada, a operação prendeu 1.101 pessoas, além de capturar 72 foragidos.

A melhoria já se reflete nos negócios, segundo comerciantes. “Antes, os clientes chegavam a evitar tomar um cafezinho no balcão, porque a abordagem dos moradores de rua e tentativas de furtos eram constantes”, disse o gerente Edmílson Alves, 31, que trabalha em um restaurante do Baixo Méier há 15 anos.

Sob a tenda da operação, a funcionária pública Fabiana de Souza, de 41 anos, furtada na terça-feira, relatava para um dos agentes como o crime ocorreu nas proximidades da Rua Dias da Cruz. “Continua havendo alguns roubos, mas agora pelo menos a polícia está mais próxima. Além disso, há um núcleo de suporte para outras questões sociais, outras demandas da população no bairro”, elogiou.

Para o capitão Hugo Roque, de 30 anos, o sucesso da operação é fruto da cooperação entre a polícia, os moradores e comerciantes. “Os moradores e comerciantes ligam, mandam mensagens. Proporcionamos um contato próximo, que nunca houve. As denúncias que recebemos por WhatsApp acabam ajudando muito o nosso trabalho”, afirmou. Todas as equipes gravam as ações com câmeras portáveis, o que proporciona mais transparência e oferece provas à Justiça.

Parceria entre o governo e o Sistema Fecomércio-RJ, a operação está em quatro bairros: Aterro do Flamengo, Lagoa, Méier e Lapa (esta última não tem patrocínio da Fecomércio). No Méier, 111 agentes atuam de 6h às 22h. De acordo com a PM, o projeto poderá chegar a outras áreas como a Barra e a Cinelândia em dois anos.

O Dia

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