Depois de quatro anos de desgaste com maus resultados, a Ferrari optou por não renovar com o brasileiro Felipe Massa e contratar para o seu lugar o finlandês Kimi Raikkonen, campeão mundial pela escuderia em 2007 e que estava fazendo um grande campeonato no ano passado com a Lotus. Mas a troca ainda não surtiu efeito positivo. Raikkonen teve agora um começo de ano pior do que Massa em 2013.
Mesmo que a Ferrari tenha um carro com mais inferioridade em relação às concorrentes, equipadas com os motores V6 turbo da Mercedes, o desempenho de Raikkonen é que está derrubando a pontuação da equipe italiana na comparação com as quatro primeiras corridas do ano passado.
A Ferrari tinha 77 pontos no Mundial de Construtores após o GP do Bahrein de 2013, a quarta etapa da temporada. Hoje, após o GP da China, tem 52. Isso significa que a escuderia teve uma queda de 32,46% na pontuação obtida até este ponto do campeonato. No ano passado, aliás, Alonso chegou a vencer uma corrida, em Xangai, mas teve um abandono na Malásia. O desempenho está mais regular em 2014, mesmo que Alonso não tenha tido nenhuma chance de vitória nesta temporada.
O espanhol Fernando Alonso, que era com Massa declaradamente o primeiro piloto da equipe, fez 47 pontos no ano passado. Em 2014, fez 41, uma queda de apenas 12,76% em seu desempenho. Massa, em 2013, tinha 30 pontos, enquanto Raikkonen tem 11 agora.
O resultado na comparação entre o desempenho de Massa com a Ferrari de 2013 com o início de Raikkonen com o carro da equipe italiana este ano foi uma queda de 63,3%.O finlandês conquistou praticamente um terço dos pontos que o brasileiro. Massa teve como melhor colocação nesse período, em 2013, um quarto lugar na Austrália. Raikkonen também teve seu melhor resultado este ano em Melbourne, mas um sétimo lugar.
Isso fez com que Alonso aumentasse sua participação nos pontos conquistados pela equipe. Com Massa, o espanhol foi responsável por 61,03% da pontuação da Ferrari nas quatro primeiras corridas de 2013. Ao lado de Raikkonen, esse número subiu para 78,85%, enfatizando a importância que Alonso teve neste início de ano para que a situação da escuderia não fosse ainda pior.