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Começa busca por Stephens, promotor de assassinatos

Um homem de Cleveland divulgou no Facebook um vídeo de um assassinato. Depois do episódio, o Facebook informou que está revisando a maneira como lida com conteúdo questionável. A rede social foi alvo de críticas por não conseguir monitorar mais de perto a violência em suas plataformas.

Na tarde de domingo, Steve Stephens, de 37 anos, divulgou dois vídeos no Facebook, um deles no qual anunciava sua intenção de cometer um assassinato e um segundo, no qual se aproximou de um homem mais velho e atirou na cabeça dele. Cerca de 10 minutos depois, ele foi para o Facebook Live, uma plataforma de transmissão instantânea, e falou sobre isso e seus outros supostos crimes.

Stephens começou a divulgar os vídeos no Facebook às 14h09, segundo a própria rede social. O Facebook recebeu o primeiro relato sobre o segundo vídeo, que continha a cena do ataque a tiros, por volta das 16h, retirando o material da página de Stephens às 16h22, mais de duas horas após o homem começar a veiculá-lo.

A polícia de Cleveland busca agora Stephens pela morte de Robert Godwin Sr., um aposentado de 74 anos. Foi anunciada uma recompensa de US$ 50 mil pela captura do suspeito.

Em um post em um blog na segunda-feira, Justin Osofsky, vice-presidente de operações globais do Facebook, admitiu que o processo de revisão de conteúdo tem falhas e que ele quer melhorar isso para vetar material questionável. Ainda segundo ele, como resultado “desta série terrível de eventos”, a companhia revisa seu fluxo para receber denúncias sobre material inadequado.

O vídeo está entre os exemplos mais extremos do uso de ferramentas da rede social para promover ou exibir a violência. Também reaviva questões sobre a prontidão do Facebook para lidar com material sensível ou violento divulgado ao vivo em sua plataforma. “Este é um crime horrível e não permitimos esse tipo de conteúdo no Facebook”, afirmou uma porta-voz da empresa em comunicado. “Nós trabalhamos duro para manter um ambiente seguro no Facebook.”

O Facebook tem regras rígidas que proíbem o uso do site para promover a violência e possui equipes de moderação de conteúdo para verificar violações. Uma equipe está encarregada de verificar os vídeos ao vivo e, em caso de problemas, retirá-los do ar. Caso um número atinja um certo número de visualizações, ele vai automaticamente para revisão, segundo fontes da companhia.

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