Notibras

Começa campanha de vacinação para evitar que o sarampo volte

Apesar de o Brasil não registrar casos autóctones de sarampo desde o ano 2000, a chance de reintrodução da doença no país é grande caso não haja forte adesão à vacinação. O alerta é do ministro da Saúde, Arthur Chioro. Dados indicam que o Brasil identificou, entre 2013 e 2014, 755 casos importados de sarampo [pessoas que chegaram ao país já contaminados],  503 no Ceará e 224 em Pernambuco. Em todo o mundo, ocorreram mais de 150 mil casos, apenas nos últimos meses.

Chioro convocou pais e responsáveis para que, a partir de amanhã (8), quando começa a campanha de vacinação contra o sarampo e a poliomielite, levem as crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos aos postos de saúde para serem imunizadas. “Todas as crianças, mesmo as que estão com a carteira de vacinação em dia, devem ser imunizadas. É um reforço”, explicou.

O ministro lembrou que, no caso específico da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, o Brasil não tem ocorrências desde 1990. No entanto, países da África e da Ásia ainda notificam a circulação do vírus. “Não podemos diminuir um esforço que deu esse resultado maravilhoso de ter erradicado a pólio no país”, reforçou Chioro.

Sobre a segurança e eficácia de ambas as doses, Chioro destacou que o programa de imunização adotado pela pasta é reconhecido como exemplo pela Organização Mundial da Saúde. Segundo ele, as vacinas são consideradas extremamente seguras. Há contraindicação apenas para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38 graus, com hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina, com deficiência imunológica ou em tratamento para doenças como câncer e aids.

“Teremos dois dias de mobilização, dois sábados, 8 e 22 [de novembro], quando mais de 100 mil postos de saúde ficarão abertos para poder ampliar ao máximo a cobertura”, disse. “Quero fazer uma convocação de pais e responsáveis de crianças entre 6 meses e menores de 5 anos para que compareçam aos postos de saúde munidos com a carteira de vacinação”, concluiu.

Paula Laboissière, ABr

Sair da versão mobile