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Vacinação

Começa guerra à aftosa; quem não entrar será punido

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Mariana Damaceno

Começa na sexta-feira (28) a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa no Distrito Federal. A fase, que segue até 30 de novembro, é obrigatória para bovinos e bubalinos de até 24 meses. Desta vez, os produtores rurais terão a opção de comprovar a aplicação da dose pela internet, até 12 de dezembro. Produtor que não vacinar será multado.

O sistema digital ainda será lançado pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Para acessá-lo, o interessado precisa se cadastrar em um dos sete escritórios disponíveis para a entrega da declaração. Mas quem preferir poderá entregar a comprovação pessoalmente em uma dessas unidades.

De 1° a 31 de maio, na primeira etapa da campanha, foram vacinados 92.562 animais de todas as idades, o equivalente a 97,5% do rebanho local, estimado em 94.860 cabeças.

Dos imunizados, 40.773 tinham até 24 meses de idade, e devem repetir o processo nesta nova fase. Animais com mais de dois anos são obrigados a tomar a vacina uma vez ao ano e com menos que isso, duas.

Antônio Carlos Gonçalves de Oliveira, de 70 anos, cria em uma propriedade de 330 hectares, na Fercal, 230 cabeças de gado nelore, das quais 90 estão na faixa etária visada pela segunda etapa da campanha.

Em maio, ele vacinou os 200 bovinos que tinha então. Agora repetirá o cuidado com os mais novos. “Isso é muito importante para o Distrito Federal inteiro, e eu nunca deixo passar. Precisamos manter o cenário livre de febre aftosa que existe em Brasília”, disse.

O DF é território livre da doença, graças à alta taxa de vacinação. A imunização é fundamental para evitar perdas na produção, uma vez que o vírus é altamente contagioso e se dissemina com facilidade entre o rebanho, levando ao enfraquecimento e perda de peso dos animais.

Segundo o gerente de Saúde Animal, Vinícius Eustáquio Barreto Campos, em casos de foco da enfermidade o prejuízo acaba afetando o País inteiro. “Nós perderíamos o status sanitário que temos e ocorreriam embargos econômicos no Brasil todo. Quem importa animais daqui acabaria deixando de fazê-lo.”

Agência Brasília

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