Comerciantes da Uruguaiana fazem protesto no Centro
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emNa tarde desta segunda-feira (13) um grupo de comerciantes do Camelódromo da Uruguaiana realizou um protesto na Avenida Presidente Vargas, altura da Rua Ururguaiana, no Centro do Rio. Segundo a Polícia Militar, houve um confronto entre comerciantes e guardas municipais, mas a situação foi contornada.
A reabertura do Comércio Popular da Rua Uruguaiana, o Camelódromo, estava prevista para esta segunda-feira, mas as lojas seguiram fechadas. Os comerciantes puderam entrar para ver como o espaço ficou após ter sido fechado na terça (7) durante uma operação da Delegacia de Combate aos Crimes contra Propriedade Imaterial (DRCPIM) contra a pirataria.
Cerca de 380 lojas das 1,6 mil que fazem parte do Camelódromo estão sob suspeita. A polícia vai fezer uma perícia no produtos que foram apreendidos nesses boxes para saber se eles são pirateados, contrabandeados ou roubados.
Segundo a delegada Valéria Aragão, neste primeiro momento todas as pessoas terão direito a acessarem seus boxes para verificarem o que aconteceu e o que foi retirado, fazendo um tipo de conferência do local. Eles também vão buscar documentos pessoais para o término dos cadastros.
“A Polícia Civil espera que os trabalhadores que tenham sido identificados comercializando produtos de forma ilegal não recebam alvará para atuarem no local”, completou a delegada.
Agentes da DRCPIM e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) realizaram um levantamento sobre os vendedores que comercializavam produtos piratas no local. O objetivo é excluir do cadastramento quem estava trabalhando irregularmente no Camelódromo.
A prefeitura também pretende transformar os trabalhadores, de forma legal, em microempreendedores ou em microempresas. Eles vão atuar com um alvará de autorização especial e, com isso, o vendedor autorizado só poderá comercializar de acordo com a atividade que vai constar no alvará.
Milícia no Camelódromo
A polícia investiga ação de milicianos em Camelódromo da Uruguaiana, no Centro do Rio. Na terça-feira (7), mais de 1,1 mil boxes foram fechados e produtos piratas foram apreendidos.
“A gente tem informe que milicianos estão fazendo trabalho de segurança para duas associações que se intitulam associação de defesa dos proprietários de boxes, que disputam poder aqui dentro”, afirmou a delegada Valéria Aragão.
Na operação do último dia 7 os agentes cumpriram mandados de busca para recolher produtos piratas em mais de mil boxes. Um chaveiro ajudou a abrir as lojas onde os comerciantes não apareceram.
No primeiro estabelecimento a polícia encontrou muitos produtos falsificados: capas de celulares, relógios, tênis, bonés e roupas. Em outro, as camisetas que imitavam marcas importadas famosas eram vendidas por R$ 30, na promoção duas saíam por R$ 50.
A polícia também alertou os consumidores através de panfletos sobre o perigo dos produtos falsificados e informou que a compra de mercadoria roubada é crime.