O bullying no ambiente de trabalho, ou assédio moral, é um mal que afeta milhares de pessoas mundo afora. Mesmo com casos sendo periodicamente noticiados pela imprensa, ainda existem dificuldades de prevenir e combater essa doença social. Essa ação ocorre quando uma pessoa ou grupo agride repetidamente um indivíduo em seu ambiente de trabalho, podendo ser essa agressão verbal, física ou psicológica.
O instituto Norberto Bobbio e a consultoria Plano CDE divulgaram uma pesquisa realizada junto a 800 trabalhadores do Rio de Janeiro e São Paulo, segundo a qual, 31% dos entrevistados disseram ter sofrido violações graves de seus direitos no trabalho nos últimos dez anos. Ainda, 11% dos entrevistados disseram que suas empresas possuem casos de preconceito contra negros, homossexuais, idosos ou mulheres, sendo que 7% afirmaram já terem sido vítimas diretas destas práticas.
Para as empresas, o bullying traz não só uma queda no desempenho do funcionário, mas prejuízo que se traduz em custos. Quando o assédio é comprovado por testemunhas, os tribunais trabalhistas levam os empregadores a pagarem enormes indenizações a vítima.
Por essa razão, é muito importante que o RH esteja atento ao dia-a-dia dos colaboradores da empresa para impedir que o assédio ocorra, além é claro, de prevenir a ação. Essa prevenção pode ser feita com a realização de palestras que informem a característica do bullying e suas consequências aos trabalhadores, e com ações internas que promovam um melhor relacionamento entre os funcionários e que combatam o preconceito de raça, credo, sexualidade, etc.
Um ambiente de trabalho sadio e agradável é vantajoso a todos os envolvidos: os empregados não sofrem danos, diminuem os riscos de indenizações trabalhistas e faz crescer o rendimento e a qualidade da equipe.
Lisete Caetano, Gerente regional da rede de supermercados Comper Brasília/Goiás